Web Summit: Ronaldinho falta ao evento por ter passaporte apreendido pela justiça

O ex-jogador brasileiro foi condenado em 2015 a pagar ao Estado brasileiro uma multa no valor de dois milhões de euros por uma construção ilegal numa zona ambiental. Ainda não o fez.

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O antigo internacional é presença assídua nesta conferência Bruno Domingos

O ex-jogador de futebol brasileiro Ronaldinho Gaúcho, que costuma ser orador na cimeira de tecnologia Web Summit, em Lisboa, vai faltar à edição deste ano por ter o passaporte apreendido pela justiça brasileira, informou a organização.

"Sem passaporte, não há Web Summit para o Ronaldinho, infelizmente. Haverá sempre o próximo ano", escreveu o presidente executivo do evento, Paddy Cosgrave na sua conta oficial da rede social Twitter.

Partilhando uma notícia que dava conta da apreensão do passaporte do ex-jogador, Paddy Cosgrave acrescentou: "Espero que tudo corra pelo melhor. Vamos sentir a sua falta no palco do desporto [da cimeira]".

Segundo avança a edição brasileira da cadeia de televisão Entertainment and Sports Programming Network (ESPN), Ronaldinho Gaúcho, bem como o seu irmão, Roberto Assis Moreira, têm os passaportes apreendidos "devido à falta de pagamento de uma dívida referente a um processo por danos ambientais".

Em causa está uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, tendo por base a construção, licenciamento ambiental, de um cais na orla do rio Guaíba, uma zona protegida.

"A sentença determina o pagamento de uma multa e outras medidas, que não foram cumpridas até ao momento, desde a condenação do caso em 19 de Fevereiro de 2015", refere aquele órgão de comunicação brasileiro, notando que as indemnizações ascendem a mais de 8,5 milhões de reais (cerca de dois milhões de euros).

A apreensão dos passaportes justifica-se, assim, pela "dificuldade comprovada" de intimar Ronaldinho e o seu irmão, "fotografados rotineiramente em diferentes lugares do mundo", segundo a sentença divulgada pelo ESPN.

Quanto à Web Summit, a organização espera que esta edição, a terceira no país, seja "a maior e a melhor" de sempre, com novos palcos e o alargamento do espaço.

Entre os oradores deste ano, destacam-se personalidades como o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair, a atriz Maisie Williams, o presidente executivo do eBay, Devin Wenig, o presidente executivo da Nestlé, Mark Schneider, o designer de moda Alexander Wang e o presidente da Microsoft Corporation, Brad Smith, entre outros.

Dos oradores portugueses fazem parte o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o comissário europeu Carlos Moedas, o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

À semelhança das outras edições, haverá eventos paralelos à cimeira, desde logo a iniciativa Surf Summit, que decorre este fim-de-semana na Ericeira, na qual empreendedores, investidores e oradores se juntam para dois dias de actividades ao ar livre.

Nos dias em que decorre a cimeira e após o horário das conferências, voltam as acções de convívio nocturnas Night Summit, no LX Factory, e as festas de final de dia Sunset Summit, no Pavilhão Portugal.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo Web Summit nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa, devendo permanecer na capital portuguesa até 2028.

A edição deste ano realiza-se entre segunda e quinta-feira na Altice Arena e na FIL, no Parque das Nações.

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