A escassez de gasolina nas bombas da Venezuela chegou a Caracas

Não há gasóleo para distribuir a gasolina pelos postos.

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Há falta de gasolina nas bombas de Caracas Marco Bello/Reuters
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Há longas filas nas bombas de gasolina que ainda estão a vender em Caracas Miguel Gutierrez/EPA
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Outras bombas estão encerradas Marco Bello/Reuters
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Várias cidades venezuelanas, entre elas Caracas, a capitals, estão sem gasolina, o que que afecta o precário transporte de passageiros e de mercadorias.

Caracas tem, desde sexta-feira, longas filas de viaturas com os motoristas à espera para encher os tanques de gasolina nas poucas estações de serviço que ainda têm combustível.

As filas, que nas últimas semanas se viam apenas em estados como Zúlia, Táchira, Trujillo, Cojedes, Apure, Carabobo e Lara, são agora visíveis no centro de Caracas.

Há muitas estações de combustível encerradas, uma situação que segundo a imprensa local ocorre também nos vizinhos Estados de Miranda e Arágua.

Segundo a Câmara de Transporte do Centro, 70% das viaturas que transportam mercadorias (entre elas bens alimentares) para Caracas, funcionam com gasolina.

Iván Freitas, secretário da Federação Unitária de Trabalhadores Petrolíferos da Venezuela explicou aos jornalistas que a empresa estatal Petróleos de Venezuela SA, "também não tem gasóleo para abastecer os camiões-cisterna que distribuem a gasolina".

Freitas disse que a escassez de combustível atinge 80% do território.

O Governo venezuelano, através do órgão que fiscaliza a actividade pública, anunciou que nos próximos dias 113 camiões-cisterna vão distribuir gasolina à população e atribuiu a escassez a uma "sabotagem".

"Há bombas que têm sete dispensadores e apenas dois funcionam. Isso gera filas. E temos denúncias de que estão a ser bloqueadas as peças de reposição para os camiões que distribuem gasolina", explicou um membro do Governo à Unión Rádio.

Em Agosto, o Governo venezuelano implementou um pacote de medidas económicas que eliminou cinco zeros ao bolívar forte, dando origem ao bolívar soberano.

Do pacote fez parte o aumento de impostos, a desvalorização da moeda venezuelana em relação ao dólar norte-americano e o anúncio de que a gasolina passaria de ser a mais barata do mundo para ser vendida, no país, a preços internacionais, o que ainda não aconteceu.

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