Hillary Clinton diz que não será candidata à presidência (mas gostava de fazer o trabalho)

O sonho de Hillary Clinton de se tornar Presidente não está morto. Uma entrevista onde alguns jornalistas viram respostas dúbias obrigaram o seu staff a clarificar que a antiga secretária de Estado não está a fazer planos para avançar.

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Hillary Clinton diz que "gostava de ser Presidente" Lucas Jackson/Reuters

Hillary Clinton, candidata à presidência dos EUA em 2016, disse numa entrevista que gostava de ser Presidnete, mas sublinhou que não vai candidatar-se em 2020. 

“Gostava de ser Presidente. Penso que vai haver muito trabalho a fazer quando houver um democrata na Sala Oval, em 2021.  [Neste momento] confundimos os nossos amigos com os nossos inimigos. Eles não fazem ideia sobre o que os Estados Unidos representam, sobre o que somos, sobre o que consideramos ser importante, por isso será um trabalho para o qual me sinto muito bem preparada por ter estado no Senado oito anos, ter estado no Departamento de Estado, vai ser um trabalho pesado", disse na longa entrevista ao podcast do site noticioso Recode

Clinton disse, porém, que vai fazer “tudo para garantir que um democrata entra na Casa Branca em Janeiro de 2021”. Segundo Hillary Clinton, os democratas terão cerca de “15 a 20 candidatos” na corrida, mas, se o resultado das eleições de 6 de Novembro para o Congresso não for favorável ao partido, “será muito mais difícil”.

Após estas declarações, alguns media americanos escreveram que Clinton estava a ponderar candidatar-se, o que levou a jornalista do Recode Kara Swisher a pedir no Twitter para as pessoas “se acalmarem”: “Ainda que pareça que Hillary Clinton se recusou a descartar [uma nova candidatura], a minha opinião é que ela gostava de ser Presidente, mas não lhe agrada concorrer novamente”.

O porta-voz da antiga secretária de Estado, Nick Merrill, que já tinha dito que Clinton não iria candidatar-se em 2020, subscreveu as palavras da jornalista. Acrescentou que Clinton não fez qualquer alusão a uma nova candidatura: “Ela não disse isso nem remotamente. Quando questionada se iria concorrer, ela disse ‘não’ (duas vezes, de facto). Depois, quando questionada sobre quem iria apoiar, respondeu que ‘não iria sequer pensar nisso até depois das eleições de 6 de Novembro’”.

O conselheiro de Clinton, Philippe Reines, disse ao Politico que é “muito improvável” que Hillary Clinton volte a concorrer, mas que as hipóteses não estão “a zero”.

Texto editado por Ana Gomes Ferreira

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