Ataque a sinagoga de Pittsburgh faz 11 mortos. Autor acusado

Trump rejeita associação entre o crime e a legislação sobre as armas nos EUA. O autor é acusado de 29 crimes federais, incluindo crimes de ódio.

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Ataque teve lugar no bairro residencial de Squirrel Hill Reuters/JOHN ALTDORFER
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As autoridades aconselham a vizinhança a não sair de casa Reuters/JOHN ALTDORFER

Pelo menos 11 pessoas morreram neste sábado, quando um atirador entrou na sinagoga Árvore da Vida, em Pittsburgh, no estado norte-americano da Pensilvânia. O número de mortos foi confirmado pelo director de segurança pública da cidade de Pittsburgh, Wendell D. Hissrich. O atirador entregou-se à polícia e o incidente está a ser tratado como um crime de ódio.

De acordo com a comunicação social norte-americana, o atacante foi identificado como Robert Bowers, um homem branco, de 46 anos de idade, que estava armado com uma metralhadora do tipo AR-15 e três revólveres. 

Terá gritado “todos os judeus têm de morrer” antes de atirar sobre as pessoas que assistiam ao culto religioso do shabbat, por volta das 10h locais (15h em Portugal continental), no edifício localizado em Squirrel Hill, um bairro residencial judeu de Pittsburgh.

Ainda se barricou numa das salas do edifício, mas depois de uma troca de tiros com a polícia acabou por se entregar.

Num sábado normal e à hora a que o ataque ocorreu, a sinagoga Árvore da Vida costuma juntar entre 30 a 40 pessoas. E segundo um antigo rabi, em entrevista aos media locais, a maioria das pessoas que ali se juntam é “idosa”.

“A cena do crime é horrível. Uma das piores que já vi”, confessou o director de Segurança Pública de Pittsburgh, Wendell Hissrich, citado pelo New York Times. Sem apontar o número de mortos, Hissrich disse que seis pessoas ficaram feridas, incluindo quatro polícias, e que algumas estão em estado crítico. Não há crianças entre as vítimas.

O responsável revelou ainda que o incidente está a ser tratado com um “crime de ódio”. A CNN notificia que o atacante costumava publicar posts anti-semitas nas redes sociais.

Através de uma mensagem no Twitter, Donald Trump começou por dizer que “os incidentes em Pittsburgh são bastante mais devastadores do que se pensava originalmente”. Pouco depois, em declarações aos jornalistas, o Presidente dos EUA fez saber que a legislação norte-americana sobre as armas “pouco têm a ver” com este ataque e sugeriu que se “se tivesse havido protecção” dentro da sinagoga, “os resultados teriam sido bem melhores”.

Para além disso, o chefe de Estado norte-americano mostrou-se favorável ao endurecimento na aplicação da pena de morte: “As pessoas que fazem isto merecem pagar o preço mais alto. Sempre defendi isto”.

Já o governador da Pensilvânia, Tom Wolf, deslocou-se de imediato para o local para acompanhar as investigações. Também no Twitter, descreveu o ataque como uma “enorme tragédia” e pediu aos norte-americanos para “rezarem para que não haja mais perdas de vidas”. “Não podemos aceitar esta violência como normal”, defendeu Wolf.

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