Guru económico de Bolsonaro investigado por fraude com fundos de pensões

Suspeitas envolvem um montante superior a 230 milhões de euros.

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Bolsonaro e o economista Paulo Guedes Sergio Moraes/Reuters

Paulo Guedes, o guru económico do candidato presidencial de extrema-direita nas presidenciais brasileiras, Jair Bolsonaro, está a ser investigado pelo Ministério Público Federal de Brasília por suspeita de fraude com fundos de pensões estatais.

O jornal Folha de São Paulo noticiou nesta quarta-feira que o economista que prevê um profundo programa de privatizações caso Bolsonaro ganhe a segunda volta das presidenciais, a 28 de Outubro – à qual se apresenta com a vantagem de ter ganho no primeiro turno – é suspeito de ter cometido os crimes de gestão fraudulenta ou temerária e ainda por alegada emissão e negociação de títulos sem lastro ou garantias, ao obter e investir recurso de sete fundos, entre 2009 e 2013.

A assessoria do Ministério Público confirmou o artigo do jornal Folha de S. Paulo à agência Reuters e Paulo Guedes não se pronunciou. Trata-se de uma investigação no âmbito da operação Greenfield, que tem por alvo esquemas de pagamento de subornos em transacções de fundos de pensões.

Segundo a Folha, Guedes captou pelo menos mil milhões de reais (231.838.000 de euros) dessas entidades de forma irregular, através de empresas que ele controlava a partir de 2009, em associação com outros executivos de fundos de pensão ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB, do actual Presidente Michel Temer), dois partidos fortemente atingidos pelas investigações anti-corrupção da operação Lava-Jato.

Numa conferência de imprensa com correspondentes de media estrangeiros em São Paulo, o candidato do PT, Fernando Haddad, disse que não tinha lido o artigo da Folha de São Paulo e que, por isso, não o comentaria. 

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