Portos nacionais movimentaram 89,2 milhões de toneladas em 2017

Movimentos de mercadorias registados em 2017 atingiram um recorde nos portos nacionais. Sines surge destacado com uma quota de 56,1% no volume de importações da totalidade dos portos.

Foto
PAULO PIMENTA

No ano de 2017, os portos comerciais do continente movimentaram 89,2 milhões de toneladas de mercadorias. Este foi o valor mais elevado de sempre, representando um acréscimo de 1,3% face a 2016. Estes dados foram apurados no relatório “Tráfego Marítimo de Mercadorias no Contexto da Intermodalidade”, elaborado pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes. Neste estudo o porto de Sines surge destacado com uma quota de 56,1% no volume de importações da totalidade dos portos.

Segundo os dados apurados pela AMT, no ano de 2017 foram movimentadas pelos diversos modos de transporte (nomeadamente marítimo, ro­doviário, ferroviário e aéreo) cerca de 261,4 milhões de toneladas de mercadorias em termos de peso líquido.

Trata-se de um valor superior em 4,3% ao volume registado no ano anterior. O tráfego nacional foi responsável por 59,9% e o tráfego internacional por 40,1%. Este aumento resultou dos parcelares 6,2% para o tráfego nacional e de 1,7% para o tráfego internacional. A AMT destaca que esta componente nacional “teve ainda que ultrapassar o movimento extraordinário e circunstancial de 3,4 milhões de toneladas havida no ano anterior, motivado pela inoperacionalidade do Terminal Oceânico de Leixões, durante cerca de seis meses, para manutenção da monobóia em estaleiro”.

No que respeita ao total do tráfego nacional, o transporte marítimo representou em 2017 uma quota de 8,1%, influenciado pelo retorno à trajectória normal sem o movimento extraordinário e circunstancial de 2016 referido no parágrafo anterior. Em termos de tráfego internacional, o transporte marítimo representou 76,1%, após um crescimento de 4,4% face a 2016.

Em termos globais, o volume de mercadorias transaccionadas por Portugal (Continente e Regiões Autó­nomas) no âmbito do comércio internacional, atingiu em 2017 um total de 102,6 milhões de toneladas (mais 5,6% face a 2016, correspondente a um valor de 124,1 mil milhões de euros, a preços correntes.

O tráfego de importação conta com o apoio maioritário do transporte marítimo para a sua realização, que em 2017 representou 61,6% da respectiva tonelagem e de 26,2% do seu valor. “Estes indicadores reflectem a preferência dos carregadores por este modo de transporte para as mercadorias de grande volume e menor valor unitário, destacando-se o Petróleo Bruto que representa 22,1% do total das importações e 35,8% do total importado por via marítima”, escreve a AMT em comunicado.

O transporte marítimo de mercadorias movimentadas nos portos do continente em 2017 foi asse­gurado por operadores de cerca de 55 nacionalidades distintas, sendo que no tráfego inter­nacional o maior volume foi afecto à Suíça, com uma quota de 24,4%, equivalente a cerca de 16 milhões de toneladas. Estes indicadores excluem os portos de Lisboa e de Setúbal, por não disponibilizarem esta informação.

No tráfego nacional, Portugal mantém a 1ª posição como país de registo preferencial dos ope­radores deste tráfego, com 69,7% (+3,4% face a 2016), seguindo-se a Holanda, em 2º lugar (com 7,5%), a Alemanha, em 3º (com 5,6%), e a Suíça, com 5,2%, em 4º lugar.

O Panamá é o país de registo de navios com maior movimentação em termos de tráfego internacional, responsável por movimentar cerca de 12 milhões de toneladas, correspondente a uma quota de 15%, seguindo-se a Libéria e Malta, com 13,8% e 11,4%, respectivamente. Neste capítulo, Portugal regista também um comportamento notável, pois cresce 58,5% para uma quota de 5,1%, a par da Grécia.

Sugerir correcção
Comentar