Marco António Costa diz que comissão de inquérito a Tancos será útil para tirar ilações

Presidente da comissão parlamentar de defesa afirma comissão de inquérito "não tem de ter uma conotação negativa".

Foto
Marco António Costa Rui Gaudencio

O deputado do PSD Marco António Costa, presidente da comissão parlamentar de Defesa Nacional, defendeu hoje que uma comissão de inquérito ao caso de Tancos é "uma iniciativa útil" para "retirar ilações" no plano político e legislativo.

"É uma iniciativa útil porque pode e deve servir para se poder retirar ilações no plano legislativo e no plano político relativamente àquilo que no decorrer de todo este processo possa ter corrido mal", afirmou o deputado, em declarações à Lusa, após questionado sobre a proposta do CDS-PP para criar uma comissão de inquérito ao furto de material militar em Tancos.

Ressalvando que se trata de "uma opinião individual", Marco António Costa sustentou que uma comissão de inquérito "não tem de ter uma conotação negativa" nem deve ser vista como "uma arma de arremesso político", frisando que "parece óbvio" que não irá de alguma forma interferir com a investigação criminal em curso.

"Reforçar as iniciativas legislativas e políticas que apurem o que correu menos bem e que apresentem soluções para reforçar, para o futuro, a segurança do Estado, são sempre úteis e uma comissão de inquérito não tem de ter uma conotação negativa".

Marco António Costa lembrou que, ouvidos na comissão de Defesa Nacional, os responsáveis do Sistema de Segurança Interna e do Sistema de Informações da República Portuguesa souberam do furto pela comunicação social, no dia 29 de Junho de 2017.

"As comissões de inquérito muitas vezes são vistas como armas de arremesso político e eu acho que elas devem ser vistas como armas e instrumentos de construção de um Estado mais perfeito e mais organizado e mais preparado para enfrentar os desafios", disse.

Sugerir correcção
Comentar