Libertados portugueses e lusodescendentes detidos na Venezuela

São acusados pelas autoridades venezuelanas de boicote económico.

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A crise afectou o acesso a comida e medicamentos na Venezuela Reuters/MARCO BELLO

Os 34 gerentes das duas redes de supermercados de portuguesa ficarão a aguardar o desenrolar do caso em liberdade, sujeitos a apresentações periódicas, disseram à Lusa fontes das empresas.

Os 34 detidos libertados esta quarta-feira, uma dezena dos quais portugueses e lusodescendentes, são acusados pelas autoridades venezuelanas de boicote económico, com açambarcamento de produtos e incumprimento dos preços máximos de venda ao público de produtos básicos.

Os gerentes, que estão acusados também de não terem à venda nas prateleiras bens essenciais, como carne, frango, arroz ou massa, ficam agora sujeitos a apresentações periódicas junto das autoridades, de acordo com a mesma fonte.

O primeiro-ministro, António Costa, registou com satisfação a libertação dos portugueses e lusodescendentes que se encontravam presos na Venezuela e que foram acusados pelas autoridades de Caracas de alegado incumprimento da lei.

Em Agosto deste ano, foram iniciados procedimentos sancionatórios contra três redes de supermercados de portugueses na Venezuela por alegada especulação na fixação de preços, após a reconversão monetária, que eliminou cinco zeros ao bolívar forte, que substituiu pelo bolívar soberano. Os supermercados continuaram a praticar os valores de venda ao público que se registavam em Abril, em vez de os terem adaptado à nova moeda.

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