Mais de 20 mortos em atentado em desfile militar no Irão. Khamenei aponta o dedo a aliados dos EUA

Ataque em Ahvaz, no sudoeste do Irão, aconteceu na Semana da Sagrada Defesa, que assinala a guerra Irão-Iraque. Atentado foi reivindicado pelo Daesh e pelo Resistência Nacional Ahvaz, movimento árabe de oposição ao regime iraniano.

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O ataque aconteceu no dia em que o Irão assinala a Semana da Sagrada Defesa, que comemora a guerra entre o Irão e o Iraque (1980-1988) EPA/BEHRAD GHASEMI
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O ataque aconteceu no dia em que o Irão assinala a Semana da Sagrada Defesa, que comemora a guerra entre o Irão e o Iraque (1980-1988)
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O ataque aconteceu no dia em que o Irão assinala a Semana da Sagrada Defesa, que comemora a guerra entre o Irão e o Iraque (1980-1988) LUSA/BEHRAD GHASEMI
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Um grupo de atiradores disparou contra a parada da Semana da Sagrada Defesa, que assinala a guerra entre o Irão e o Iraque (1980-1988), em Ahvaz, na região sudoeste do Irão, matando 25 pessoas. Em reacção, o líder supremo iraniano, o ayatollah Ali Khamenei, apontou o dedo aos aliados dos Estados Unidos no Golfo Árabe, ordenando que as forças de segurança levem os responsáveis pelo ataque à Justiça

Entre os mortos estão 12 membros da poderosa Guarda da Revolução e um jornalista.

Segundo o vice-governador da província do Cuzistão, Ali-Hossein Hosseinzadeh, "vinte outras pessoas ficaram feridas". "Os terroristas eram quatro. Dois foram mortos, os outros dois foram detidos", disse Hosseinzadeh, citado pela BBC.

A agência noticiosa estatal Irna, também citada pela emissora britânica, avança que o número de mortos confirmados ascende já a 24, incluindo civis que assistiam ao desfile. 

Segundo a Isna, os homens armados estão ligados a um grupo separatista árabe. A televisão estatal descreveu os atacantes como "takifiri", um termo antes usado para descrever o grupo jihadista Daesh. Os atentados foram entretanto reivindicados tanto pelo Resistência Nacional Ahvaz, movimento árabe de oposição ao regime iraniano, como pelo Daesh.

Apesar disso, Khamenei afirmou, num comunicado citado pela Reuters, que “este crime é a continuação das conspirações dos estados regionais que são fantoches dos EUA, e o seu objectivo é criar insegurança no nosso querido país”. O ayatollah pediu ainda que as forças de segurança iraniana encetem todos os esforços para identificar os responsáveis pelo atentado e para levá-los à Justiça.

Apesar de não ter referido qualquer país em concreto, as declarações do líder supremo podem adensar a tensão com os seus rivais regionais, nomeadamente a Arábia Saudita, que, juntamente com Washington, tem tentado isolar o Irão.

"Terroristas recrutados, treinados, armados e pagos por um regime estrangeiro atacaram Ahvaz", escreveu no Twitter o Ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, prometendo uma reacção "rápida e sem hesitações" ao ataque.

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