Hong Kong e Macau cancelam voos e China teme por centrais nucleares no caminho do supertufão

Tempestade mais forte do ano pode ganhar força ao atravessar o mar da China. O antigo território português está no seu caminho.

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Em Schenzen, na China Jason Lee/Reuters
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Bombeiros salvam uma criança numa zona inundada em Hong Kong,Bombeiros salvam uma criança numa zona inundada em Hong Kong JEROME FAVRE/EPA,JEROME FAVRE/EPA
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Uma mulher na tempestade em Schenzen, na China,Uma mulher na tempestade em Schenzen, na China Jason Lee/Reuters,Jason Lee/Reuters
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Em Nathan Road, Hong Kong,Em Nathan Road, Hong Kong JEROME FAVRE/EPA,JEROME FAVRE/EPA
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Reuters/REUTERS TV
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Um deslizamento de terras em Bokod, Benguet, nas Filipinas Erik De Castro/REUTERS

Quase meio milhão de pessoas foram deslocadas de sete cidades da província chinesa de Cantão devido ao tufão Mangkhut, que está a atingir Macau e que já fez pelo menos 28 mortos nas Filipinas e um em Taiwan. Perto de 900 voos foram cancelados em Hong Kong, devido à aproximação da tempestade, com ventos a 173 km/hora.

Com o tufão a aproximar-se da costa chinesa, uma das preocupações é Cantão, já que duas centrais nucleares estão na trajectória projectada do Mangkhut. As centrais nucleares de Taishan e de Yangjiang asseguram estar preparadas para enfrentar o tufão, noticiou o South China Morning  Post.

A central de Taishan deu nota, numa publicação na rede social WeChat (o Facebook chinês), que as autoridades discutiram a melhor forma de lidar com a tempestade que se aproximava e que trabalhadores especializados conduziram investigações de segurança.

Na última conferência de imprensa, as autoridades de Macau disseram ter criado um mecanismo de troca de informações com as autoridades de Cantão sobre a situação nas centrais.

Já em Hong Kong, perto de 900 voos foram adiados ou cancelados. De acordo com o South China Morning  Post, pelo menos 543 voos programados para este domingo foram cancelados, afectando cerca de 96 mil passageiros. Diversos serviços ferroviários nas províncias de Cantão e Hainan também foram interrompidos no domingo, informou a China Railway Guangzhou Group Co.

No total, as autoridades do aeroporto internacional de Hong Kong dão conta de 889 voos adiados ou cancelados devido à proximidade deste tufão, considerado o maior do ano, indicou o mesmo jornal.

A cidade de Shenzhen também cancelou todos os voos entre domingo e segunda-feira de manhã.A Hainan Airlines cancelou 234 voos nas cidades de Haikou, Sanya, Guangzhou, Shenzhen e Zhuhai, programados para este fim-de-semana.

Em Macau, 160 voos foram cancelados e 14 tiveram de ser adiados, segundo as últimas informações do aeroporto. Segundo o Le Monde, foram encerrados os 42 casinos do território. As autoridades de Macau resolveram desta vez jogar pelo seguro recordando as críticas de não terem sido suficientemente previdentes relativamente ao tufão Hato, em Agosto de 2017, em que dez pessoas morreram, 240 ficaram feridas e houve extensos danos materiais.

Na província de Fujian, dezenas de milhares de barcos de pesca regressaram ao porto e as obras de construção pararam.

O Observatório de Hong Kong e os Serviços Meteorológicos de Macau (SMG) emitiram hoje o sinal 10 de tempestade tropical, o máximo no nível de alerta, ambos prevendo fortes chuvas, inundações e rajadas de vento nas próximas horas. Em Macau, o alerta vermelho de storm surge (maré de tempestade) continua em vigor e a subida do nível da água pode atingir os 2,5 metros, indicaram os SMG.

Perto de seis mil pessoas já foram retiradas das suas casas, no seguimento do plano de evacuação das zonas baixas da cidade, efectuado a partir das 21h00 de sábado.

O supertufão Mangkhut, agora considerado um tufão severo devido a um ligeiro enfraquecimento, já causou pelo menos 25 mortos nas Filipinas e um em Taiwan.

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