CGTP quer aumentos salariais de 4% para melhorar nível de vida dos portugueses

Central sindical aprova esta semana as suas propostas para o OE2019. Entre elas estão o aumento dos escalões do IRS, a redução do IVA para 6% nos serviços báicos, alimentação, vestuário, calçado, produtos de higiene e bens culturais, e a reposição da idade da reforma nos 65 anos bem como a aposentação sem penalização aos 40 anos de descontos.

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LUSA/MIGUEL A. LOPES

A CGTP exige aumentos salariais de 4% para 2019, com um acréscimo mensal mínimo de 40 euros, e o desagravamento dos impostos para que os trabalhadores portugueses possam melhorar o seu nível de vida.

Para que o objectivo seja alcançado, o aumento reivindicado pela central sindical deve garantir um acréscimo salarial mensal mínimo de 40 euros a todos os trabalhadores, aponta fonte da CGTP. Além disso, o salário mínimo nacional deve passar para os 650 euros e deve ser adoptada uma política de habitação e fiscal compatível com o rendimento das famílias.

Estas são algumas das prioridades da política reivindicativa para 2019, que o Conselho Nacional vai discutir e aprovar na quinta-feira, dia 13. As reivindicações foram definidas pela comissão executiva da Intersindical, no início de Setembro, e estão nas mãos dos 147 elementos do Conselho Nacional, que terão ainda oportunidade de dar os seus contributos para melhorar a proposta.

Questionado sobre a política reivindicativa da central para 2019, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, explicou à agência Lusa que assenta num conjunto de eixos que têm como objectivo a melhoria das condições de vida e de trabalho das pessoas.

O aumento geral dos salários e pensões para promover uma mais justa distribuição da riqueza, uma nova política fiscal, a criação de emprego estável e com direitos, a dinamização da contratação colectiva, a melhoria dos serviços públicos e sociais do Estado e a regionalização são esses eixos.

"Numa altura em que nos encaminhamos para o fim da legislatura, é preciso responder aos problemas dos trabalhadores, da população em geral e do país, com novas políticas e com medidas concretas, que fiquem consagradas no Orçamento do Estado" para o próximo ano, disse Arménio Carlos.

Como a CGTP entende que o nível de vida dos trabalhadores não é apenas determinado pelos salários recebidos, a central defende "uma política fiscal justa" e o combate à fraude e evasão fiscal. Por isso, a sua política de rendimentos para o próximo ano inclui o alargamento dos escalões do IRS, o englobamento de todos os rendimentos auferidos e o alargamento da base de tributação do IRC.

A central sindical vai reivindicar a descida da taxa do IVA para os 6% sobre os bens e serviços básicos, como a electricidade e o gás, os bens alimentares, o vestuário e calçado, os produtos de higiene e os bens culturais.

A taxação das transacções financeiras, a tributação do património mobiliário e o aumento da tributação do património imobiliário de elevado valor e o fim dos paraísos fiscais são outras das reivindicações da Inter na área fiscal.

Na área social a CGTP defende uma política de redução das desigualdades, um programa de combate à pobreza e a melhoria da protecção no desemprego e das prestações sociais. Reivindica ainda a reposição da idade de reforma nos 65 anos e a possibilidade de reforma sem penalização para quem tenha uma carreira contributiva de pelo menos 40 anos.

O respeito pelos direitos laborais, uma intervenção eficaz da Autoridade para as Condições do Trabalho, a semana de trabalho de 35 horas para todos os trabalhadores, o fim da precariedade laboral e a melhoria da legislação laboral completam o leque de reivindicações que a CGTP aprovará na quinta-feira, para depois apresentar ao poder político e defender nas mesas negociais.

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