CP "aceita atrasos" para deixar passar comboio fretado pelo PS

A CP lembra que a circulação dos comboios fretados é programada de forma a não afectar a realização de outros comboios, mas não garante que não haja atrasos.

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António Costa num comboio da CP Enric Vives-Rubio/ Arquivo

A CP – Comboios de Portugal admitiu que “aceita atrasos” noutras ligações e serviços operados por si para garantir que o comboio fretado pelo Partido Socialista (PS) faça o percurso entre o Pinhal Novo, em Setúbal, e Caminha, em Viana do Castelo, para a festa do partido, que se realizará no próximo fim-de-semana.

“O operador CP aceita os atrasos resultantes a outros comboios”, lê-se na carta, assinada pelo director do Departamento de Programação e Horários da Infra-estruturas de Portugal, Agostinho Pereira, e por Mário Sousa, que assina pela Gestora da Unidade de Horários, a que o Observador teve acesso.

Fonte oficial da empresa, contactada pelo mesmo jornal, garante que este é um procedimento comum (“a CP realiza há décadas comboios especiais para vários clientes”) e que “sempre que se realiza um comboio especial, a CP, naturalmente, tem que solicitar o respectivo canal horário ao gestor da infra-estrutura, uma vez que são comboios especiais e não regulares”. Por norma, devido à programação da circulação, “não afecta a realização de outros comboios”, mas abstêm-se de comentar se os serviços existentes podem sofrer atrasos.

Por seu turno, Luís Patrão, secretário nacional para a organização do PS, garante que o partido recorreu à “CP como um prestador de serviços como qualquer outro, sujeitámo-nos aos horários e preços existentes”, conforme revelou ao Observador. “Desde 2015 que o fazemos todos os anos”, completa.

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