Monchique: equipas só saem do terreno quando incêndio estiver extinto

Orografia, condições meteorológicas e correntes de ar geradas pelo incêndio foram a grande dificuldade para o combate das chamas, explica responsável da Autoridade Nacional da Protecção Civil.

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REUTERS/Pedro Nunes

As equipas de combate ao incêndio de Monchique só vão sair do terreno quando o incêndio for considerado extinto, disse ao início da noite desta sexta-feira Patrícia Gaspar, segunda comandante da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), numa conferência de imprensa transmitida pela televisão.

“Os meios só se retiram do teatro de operações quando o incêndio ficar extinto”, disse Patrícia Gaspar, garantido que o objectivo era evitar que as bolsas de floresta que não foram queimadas durante o incêndio que deflagrou na sexta-feira passada não voltem a estar em risco. Por isso, as equipas vão estar em vigilância máxima para extinguir qualquer reacendimento que surja, garantiu a responsável. No entanto, os meios vão começar a ser desmobilizados esta noite, mas de "forma muito ligeira e gradual", informou Patrícia Gapar.

Patrícia Gaspar explicou que “a orografia, as condições meteorológicas e as correntes [de ar] originadas pelo próprio incêndio” dificultaram o combate das chamas. No entanto, ainda não se sabe como é que o incêndio deflagrou, algo que vai ser investigado pelas autoridades.

Apesar das perdas de património (que é “fundamental” proteger), Patrícia Gaspar insistiu numa ideia que o primeiro-ministro António Costa já tinha transmitido: “Num cenário desta dimensão (…) é impossível chegar a todos os lados a todo o tempo. O que fizemos foi tentar proteger as pessoas.”

A Protecção Civil actualizou o número de feridos para 41, um dos quais em estado grave (uma idosa que se mantém internada em Lisboa).

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