Subiu para 215 o número de militares no terreno em Monchique

Exército, Marinha e Força Aérea envolvidos no combate aos fogos no Algarve.

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LUSA/FILIPE FARINHA

As Forças Armadas reforçaram na manhã desta sexta-feira o apoio à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) em Monchique, aumentando para 215 os militares que estão no terreno a apoiar o combate àquele incêndio que foi hoje dado como dominado.

O incêndio rural, combatido por mais de mil operacionais e considerado dominado na manhã desta sexta-feira, deflagrou no dia 3 à tarde, em Monchique, distrito de Faro, e atingiu também o concelho vizinho de Silves, depois de ter afectado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).

"As Forças Armadas reforçaram a partir desta manhã o apoio à ANPC em Monchique, ascendendo assim a 215 o número de militares directamente empenhados no terreno a apoiar a ANPC no combate ao incêndio na zona do Algarve", anuncia o Estado-Maior General das Forças Armadas em comunicado.

Este reforço "traduz-se em mais três pelotões militares, sendo dois do Exército e um da Marinha, passando a um total de oito pelotões do Exército e dois da Marinha, um helicóptero Alouette III e respectiva tripulação da Força Aérea, e seis destacamentos de engenharia pesada, com cinco máquinas de rasto do Exército e uma da Força Aérea".

"O actual reforço tem como principal objectivo apoiar a realização das ações de consolidação e vigilância activa pós incêndio no interior da serra, bem como assegurar abertura de vias com recurso a máquinas pesadas de engenharia (máquinas de rasto)", justifica.

O helicóptero Alouette III e respectiva tripulação da Força Aérea Portuguesa encontra-se em missão no teatro de operações desde segunda-feira, a executar acções de coordenação aérea dos Canadair espanhóis.

A Força Aérea, de acordo com o mesmo comunicado, tem prestado apoio diário a partir da Base Aérea de Beja à operação dos meios aéreos de combate aos fogos ao serviço da ANPC.

A Protecção Civil actualizou o número de feridos para 41, um dos quais em estado grave (uma idosa que se mantém internada em Lisboa).

De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas já consumiram cerca de 27 mil hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.

Na terça-feira, ao quinto dia de incêndio, as operações passaram a ter coordenação nacional, na dependência directa do comandante nacional da Protecção Civil, depois de terem estado sob a gestão do comando distrital.

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