Sp. Braga e Zorya, duas equipas internamente consolidadas, disputam um lugar europeu

Abel Ferreira pretende uma equipa fiel à sua identidade na Ucrânia, diante de um adversário “muito forte nas transições ofensivas”.

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Abel Ferreira quer um Braga "fiel à sua identidade". HUGO DELGADO/LUSA

O Sp. Braga quer manter viva a tradição de uma presença sólida nas competições europeias e o primeiro passo para concretizar esse objectivo será dado hoje (19h30, SportTV1), quando a equipa minhota entrar em campo na cidade de Zaporizhia para enfrentar os ucranianos do Zorya, na primeira mão da terceira pré-eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga Europa.

Este é um embate europeu que põe frente a frente duas equipas que têm consolidado a presença nos lugares cimeiros da tabela classificativa dos respectivos campeonatos, onde se têm batido com os “grandes”. Nas últimas oito épocas, o Sp. Braga chegou ao quarto lugar cinco vezes e em 2009-10 foi vice-campeão, cinco pontos atrás do Benfica. O Zorya regressou à I Liga ucraniana em 2006-07 e desde 2014-15 tem ficado sempre do quarto lugar para cima (em 2016-17, terminou no terceiro posto). Ao contrário dos minhotos, os ucranianos já foram campeões da então Liga soviética, em 1972, sob o nome de Zorya Voroshilovhrad.

O treinador bracarense garantiu ontem que estudou “muito bem” o adversário. “Sabemos que temos pela frente uma equipa difícil, com uma identidade muito própria, experiência e que está no top 4 do campeonato ucraniano nos últimos cinco anos”, explanou Abel Ferreira.

“Agressiva”, “vertical” e “muito forte nas transições ofensivas” são atributos que o técnico português atribui à formação do Zorya. “Temos de estar precavidos e atentos ao jogo aéreo. Vão defrontar-se duas filosofias diferentes, mas estamos confiantes de que vamos sair vencedores”, afirmou Abel Ferreira, que pretende que o Sp. Braga seja “equilibrado”, “fiel à sua identidade” e “preparado para reagir aos momentos em que não tiver bola”. “Temos de perceber que é uma eliminatória e que os golos marcados e sofridos terão extrema importância”, apontou.

A voz do plantel fez-se sentir por Marcelo Goiano, que caracterizou o Zorya como “agressivo, forte nas segundas bolas”. “Estamos confiantes e preparados para fazer um grande jogo”, afirmou o capitão bracarense. “Não há jogos fáceis. A este nível todas as eliminatórias são difíceis. Tirámos exemplos do ano passado”, explicou Marcelo, referindo-se ao facto de o Sp. Braga ter também passado pela terceira pré-eliminatória da Liga Europa em 2017-18.

O jogo é realizado em Zaporizhia, cidade para a qual o Zorya, clube originário de Luhansk, se mudou desde que a Ucrânia entrou em guerra. 

A Liga Europa é a competição fetiche do Sevilha, que já a conquistou cinco vezes. Depois de terem derrotado os húngaros do Újpest, os espanhóis recebem hoje o Zalgiris (20h45), equipa lituana que na pré-eliminatória anterior derrotou o Vaduz, do Liechtenstein. O Sevilha disputa no domingo a Supertaça espanhola com o Barcelona e o técnico Pablo Machín admitiu fazer descansar alguns jogadores.

Já o Basileia perdeu a segunda pré-eliminatória da Champions para o PAOK e agora tenta a sua sorte na segunda competição da UEFA. Os suíços viajam até à Holanda, onde vão encontrar o Vitesse, naquele que será o primeiro grande teste para Marcel Koller, que assumiu o comando técnico do Basileia na semana passada. 

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