Trinta portugueses estão na zona afectada pelo sismo, mas não há registo de feridos

O sismo fez 98 mortos — nenhum deles estrangeiro —, 236 feridos e desalojou cerca de 20 mil pessoas. O pânico causado pelo sismo fez com que muitos turistas quisessem abandonar o país antes do previsto.

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Lombok e as ilhas Gili foram das regiões mais afectadas pelo sismo de domingo Reuters/BEAWIHARTA

A Secretaria de Estado das Comunidades e os serviços consulares identificaram 30 cidadãos portugueses entre os afectados pelo sismo de magnitude 7.0 na escala de Richter, que abalou Lombok e as ilhas Gili, na Indonésia, e matou pelo menos 98 pessoas no domingo. Não há registo de portugueses feridos.

“As autoridades indonésias estão hoje [segunda-feira] a proceder à evacuação dos cidadãos das localidades mais afectadas, nomeadamente das ilhas Gili, através de ferry, devendo ser seguidas as recomendações que forem formuladas no local”, lê-se no comunicado enviado pela secretaria de Estado ao PÚBLICO, que refere ainda que os serviços consulares portugueses continuarão a acompanhar a situação.

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Centenas de turistas a tentarem deixar as ilhas Gili POLAIRUD POLDA NTB HANDOUT/LUSA

Numa nota publicada no Portal das Comunidades, é referido que “não há vítimas [mortais] entre os turistas que se encontram em Bali ou Lombok. Houve necessidade de evacuar hotéis, e em Lombok os viajantes estrangeiros foram levados para a montanha devido a um alerta inicial de tsunami, que não se concretizou”.

Há pelo menos 236 pessoas feridas e mais de 20 mil pessoas desalojadas na sequência do terramoto, disse o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres do país, Sutopo Purwo Nugroho, citado pela agência Reuters. Os turistas quiseram sair do país o quanto antes e, enquanto as praias e os restaurantes ficaram vazios, o aeroporto enchia-se com longas filas de estrangeiros. Segundo a Agência Nacional de Gestão de Desastres da Indonésia, foram marcados 18 voos extra para os turistas que estavam a abandonar o país.

“Vamos acabar as férias mais cedo porque não consigo andar e já não estou com disposição para isto. Agora, queremos ver os nossos entes queridos”, disse à Reuters o turista holandês Marc Ganbuwalba, de 26 anos, que ficou aleijado no joelho durante a fuga desenfreada de pessoas a seguir ao sismo. “Estamos muito agradecidos a Deus e aos funcionários do hotel que nos ajudaram. Alguns deles diziam que as suas próprias casas tinham ficado destruídas e mesmo assim estavam a ajudar-nos”, referiu. Segundo as autoridades, 2000 pessoas foram retiradas das três ilhas de Gili, onde os turistas receavam a ocorrência de um tsunami.

A Secretaria de Estado das Comunidades disse ao PÚBLICO que “cerca de duas dezenas de cidadãos portugueses estão a ser retirados das ilhas Gili, em embarcações do governo indonésio, a caminho de Lombok ou de Bali”. Assim que chegarem a Bali, terão o apoio da embaixada de Portugal em Jacarta.

O sismo aconteceu uma semana depois de um primeiro sismo, de magnitude 6.4 na escala de Richter, que matou 14 pessoas, também em Lombok — a Indonésia é um dos países com maior actividade sísmica do mundo. 

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Turistas ao abandonar uma das ilhas Gili BEAWIHARTA/REUTERS
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