Portugueses nos Europeus de atletismo acreditam em medalhas

Os dirigentes do atletismo nacional, preferem, contudo, não quantificar o número de pódios que esperam alcançar em Berlim.

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Patrícia Mamona Reuters/KAI PFAFFENBACH

O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), Jorge Vieira, assumiu nesta sexta-feira a esperança na conquista de medalhas nos próximos Europeus de Berlim, mas recusou quantificar esse número.

"Não levantamos essas expectativas nos atletas, pois podemos não ter medalhas. Apesar do nosso passado em grandes competições, essa mesma realidade leva-nos a ser comedidos. Dificilmente as podemos quantificar [medalhas]. Uma, duas, três, quatro, até cinco, seria excelente. Mas sim, espero trazer medalhas e que sejam no maior número possível", disse em declarações à agência Lusa, à margem da cerimónia de apresentação dos atletas, que decorreu na tribuna de honra do Estádio Nacional.

Sobre os campeonatos, que começam segunda-feira, Jorge Vieira recusou estabelecer comparações com europeus anteriores, principalmente em termos de resultados e medalhas obtidas: "Amesterdão, há dois anos, e Berlim, agora, são provas muito diferentes, apesar de serem campeonatos da Europa, até porque os anteriores, como em 2012, foram em anos olímpicos."

"Teremos diferentes tipos de participação. Temos atletas que vão indiscutivelmente para conquistar medalhas, temos atletas que vão para tentar bater recordes nacionais e pessoais e temos atletas que vão aprender com a experiência de estar a dar o primeiro passo na selecção", afirmou Jorge Vieira, para justificar a recusa em falar de medalhas. "Essa é uma estatística para países que ganham às dezenas de medalhas", disse.

Na altura, e na presença de quase todos os atletas, apenas faltam alguns, como Nélson Évora, que viaja directamente de Madrid. Foi ainda anunciada a baixa de última hora de Filipa Martins, que estava incluída na estafeta de 4x100 metros.

A cerimónia de apresentação dos atletas para os Campeonatos da Europa de atletismo e Campeonatos da Europa IPC de atletismo contou com a presença do presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, Augusto Baganha, do presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino, e do presidente do Comité Paralímpico de Portugal, José Lourenço.

Na ocasião, Jorge Vieira destacou o facto de as selecções se apresentarem no Estádio Nacional, "pelo simbolismo de ter sido a primeira pista de piso sintético e de terem sido obtidos 372 recordes nacionais".

Jorge Vieira agradeceu o empenho colocado pelas entidades oficiais no complexo desportivo, mas, "porque não há almoços grátis", embora enaltecendo o trabalho feito na recuperação da pista número dois, no Centro de Alto Rendimento, afirmou: "Quero aqui deixar publicamente o acordo que tivemos de, a breve trecho, ser também recuperada a pista do estádio principal, para podermos realizar competições de grande nível, como fizemos no passado."

Sobre a possibilidade de participação do atleta de origem cubana Pedro Pablo Pichardo, Jorge Vieira referiu: "Por estranho que pareça, o assunto continua em aberto, por isso o inscrevemos, preventivamente. Mas não acreditamos muito que venha a ser possível."

"Contudo, há coisas que acontecem e no que a nós diz respeito temos cumprido. Ainda hoje entregámos mais documentos para a Associação Europeia e Federação internacional. Só no final de domingo saberemos o desfecho desse assunto, mas a janela continua aberta e, sim, temos o atleta de prevenção, ainda hoje falei com ele. Este é um daqueles atletas com o qual se pode contar sempre", finalizou.

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