Maioria dos britânicos rejeita planos de May para o "Brexit" e preferia Boris Johnson

Sondagem mostra que só 16% dos eleitores dizem que a primeira-ministra está a lidar de forma correcta com as negociações para a saída do Reino Unido da UE.

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Boris Johnson foi um dos líderes da campanha para a saída da UE, no referendo de 2016 Darren Staples/REUTERS

Os planos traçados pela primeira-ministra Theresa May para o “Brexit” são rejeitados pela maioria dos cidadãos britânicos e mais de um terço dos eleitores apoiariam um novo partido de direita que tivesse como programa abandonar a União Europeia, revela uma nova sondagem YouGov feita para o jornal Sunday Times.

Quem os britânicos preferiam ver a negociar o “Brexit” com a União Europeia era o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Boris Johnson, que se demitiu do cargo há duas semanas. Johnson é também o preferido dos eleitores para liderar o Partido Conservador nas próximas eleições.

Só 16% dos eleitores dizem que Theresa May está a lidar de forma correcta com as negociações para a saída do Reino Unido da UE – 34% considera que Boris Johnson faria melhor.

Apenas um em cada dez britânicos votaria pelas ideias apresentadas pelo Governo de May, se houvesse um segundo referendo sobre o “Brexit” – uma hipótese que começou a tornar-se mais aceitável, perante o impasse nas negociações com a Comissão Europeia, as divisões no Governo e as dificuldades em encontrar soluções para dilemas como criar ou não uma fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte.

Segundo a sondagem, perto de metade dos cidadãos pensa que as propostas de May são más para o Reino Unido. Na semana passada, a primeira-ministra conseguiu fazer passar no Parlamento, mas por muito poucos votos, leis relativas ao “Brexit”, enfrentando rebeliões de deputados do seu partido pró e anti-saída da UE.

Dominic Raab, o novo ministro para o “Brexit” – o anterior, David Davis, demitiu-se por não concordar com as propostas de negociação, apresentadas à UE – reconheceu na BBC este domingo que a primeira-ministra está ainda a tentar convencer alguns membros do seu governo de que a sua estratégia é a melhor via.

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