PSD admite propor comissão de inquérito

Rui Rio pede explicações ao ministro da Defesa Nacional. O que se passou em Tancos “é efectivamente uma questão de Estado, um problema grave em termos de segurança nacional”, justifica.

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Rui Rio pede o "esclarecimento cabal" do que se passou em Tancos fvl Fernando Veludo/NFACTOS

O presidente do PSD, Rui Rio, não exclui a possibilidade de o partido propor uma comissão parlamentar de inquérito para apurar o que se passou com o desaparecimento de armas de Tancos, em Junho do ano passado.

“Neste caso concreto não excluo”, disse Rui Rio, afirmando que o PSD vai nesta terça-feira, no Parlamento, “confrontar" o ministro da Defesa Nacional com as últimas revelações, de que ainda há material por recuperar. Rio diz que quer ver se o ministro, "de uma vez por todas, consegue ter pelo menos uma história minimamente coerente" - "porque aquilo que nós sabemos não é coerente, não bate certo”, reforça.

Em declarações aos jornalistas, no final de uma audiência que concedeu à Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, liderada por João Vieira Lopes, o presidente do PSD afirmou que aquilo que se passou em Tancos “é efectivamente uma questão de Estado, um problema grave em termos de segurança nacional” e pede explicações ao ministro Azeredo Lopes.

Rio afirma que, “não sendo minimamente aceitável que durante este tempo todo nem o Governo de António Costa saiba bem aquilo que aconteceu”, impõe-se o esclarecimento “cabal" do caso, cujos contornos sombrios incluem a própria investigação: "Há ali um choque entre a Polícia Judiciária e a Polícia Judiciária Militar, algo que também não é saudável em termos de investigação”, observa o líder social-democrata.

Há um ano quando o caso foi denunciado, o PSD, na altura presidido por Pedro Passos Coelho, admitiu avançar com uma comissão parlamentar de inquérito.

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