Operação de resgate dos rapazes presos na gruta já está em marcha

Condições climatéricas adversas obrigam autoridades tailandesas a iniciar já a arriscada missão de salvamento. Primeiro jovem deve emergir da gruta por volta das 15h.

Brasil, caverna
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Missão pode arrastar-se durante dias Reuters/TYRONE SIU
Tailândia, Tham Luang, caverna
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Autoridades temem que a chuva dificulte a extracção dos rapazes Reuters/TYRONE SIU
Tham Luang, parque nacional da floresta de Tham Luang - de Khun Nam Nang Non
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Rapazes têm idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos EPA/ROYAL THAI ARMY HANDOUT
Tailândia
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EPA/ROYAL THAI ARMY HANDOUT

A chuva intensa que se abateu nas últimas 24 horas sobre a província de Chiang Rai, no Norte da Tailândia, forçou as autoridades a colocar este domingo em marcha a arriscada operação de resgate dos 12 rapazes e um adulto, encurralados há vários dias nas grutas Tham Luang. Cada sobrevivente terá de percorrer um trajecto com quase quatro quilómetros de extensão, inundado em várias secções e com passagens onde só cabe uma pessoa. Estima-se que serão necessárias 11 horas para cada salvamento. 

Se tudo correr como planeado, a primeira criança deverá emergir da gruta por volta das 21 horas (15h em Portugal continental). As autoridades admitem, no entanto, que a operação “não tem um tempo limite”, pode arrastar-se durante dias e até ser suspensa, caso a chuva faça aumentar os níveis da água dentro da caverna.

Milhões de litros de água já foram bombeados para fora da gruta, mas a chuva tem dificultado a continuação da extracção, numa altura em que aquela região do globo se encontra em plena época de monções.

A missão iniciada neste “Dia D”, como lhe chamou o líder das equipas de resgate, Narongsak Osottanakorn, começou por volta das 3 horas portuguesas, 10 horas locais. O socorro dos jovens pertencentes a uma equipa de futebol local e ao seu treinador está a ser levado a cabo por treze mergulhadores estrangeiros e cinco membros da Marinha tailandesa, auxiliados por um aparatoso dispositivo montado dentro e fora da gruta.

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Cada um dos 12 rapazes – com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos – terá à sua espera uma equipa de médicos, uma ambulância e um helicóptero.

A operação tem um grau de dificuldade elevadíssimo, confirmado com a morte de um mergulhador experiente, na sexta-feira, quando fazia o trajecto. Aos obstáculos relacionados com as próprias características do percurso – falta de luz; espaços confinados; distâncias longas; imprevisibilidade do nível das águas em muitas galerias da gruta –, acrescem a natural falta de experiência de mergulho dos jovens e a sua condição física débil.

Desde que foi encontrado com vida, há pouco mais de 10 dias, que o grupo tem tido aulas de mergulho e técnicas de respiração.

“Os rapazes estão preparados, física e mentalmente. Estão decididos a sair e conhecem os contornos da evacuação. Todos vão voltar a casa connosco, não importa o que terão de enfrentar”, afiançou, optimista, Narongsak Osottanakorn. A “guerra contra a água e o tempo”, já começou.

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