Obras da nova urgência do Hospital de Gaia têm 350 dias para serem concluídas

Empreitada vai custar 16 milhões de euros. "Obra é dramaticamente importante", diz a administração.

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Nelson Garrido

A segunda fase das obras do novo edifício hospitalar do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) foi consignada esta terça-feira, tendo agora um prazo de 350 dias para estar concluída, anunciou António Dias Alves.

Nas instalações onde, concluídas as obras, ficarão as urgências daquela unidade hospitalar, numa empreitada que custará 16 milhões de euros, o presidente do conselho de administração do CHVNG/E falou de uma "obra dramaticamente importante".

"A nova urgência vai ter o dobro do tamanho da actual, com uma estrutura adequada à tecnologia actual, vai ter todo o tipo de respostas urgentes e vai ter um serviço de medicina intensiva de alto nível", descreveu o responsável.

Continuando a falar das mais-valias que a empreitada vai trazer ao hospital, citou também "um serviço de Urologia com uma adequada lotação", lembrando que o actual "está em muito más condições e tem uma lotação muito exígua", ainda que seja um "serviço muito bom".

"Este é o começo de um caminho que vai transformar este hospital numa unidade moderna, ao nível das melhores", elogiou António Dias Alves, que se mostrou pouco interessado em recordar as polémicas em torno desta obra.

Convidado a comentar a acusação, em Março, de "cenário de guerra", feita pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, o presidente do CHVNG/E respondeu: "Não comentamos qualificativos nem as opiniões das pessoas. Temos um serviço de urgência que atende muita gente, temos excelentes profissionais que lutam todos os dias e se esforçam por dar a melhor resposta possível dentro das condições que existem."

Reconhecendo, no entanto, que a situação em termos de recursos humanos não é a ideal, António Dias Alves afirmou: "Não deixamos de dizer que temos alguma escassez de pessoal e que são precisas novas instalações e equipamentos mais actualizados, mas todos os hospitais têm problemas".

O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, deu conta de "um sentimento de orgulho e de felicidade" pela assinatura hoje verificada, admitindo a possibilidade "para Setembro ou Outubro" do pacote de descentralização hoje rubricado entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios, "passar a incluir serviços de saúde".

"Este é um hospital decisivo para a qualidade de vida dos cidadãos", referiu o autarca.

Os mesmos elogios, mas com alertas, foram também proferidos pelo presidente da Câmara de Espinho, Pinto Moreira, grato "pelo fim de um longo calvário administrativo e burocrático" e que "permitirá serviços de urgência dignos".

O autarca criticou ainda o facto "inaceitável" de os cidadãos de Espinho "terem de pagar portagem sempre que precisam de vir às urgências do seu hospital".

Da parte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, Pimenta Marinho saudou o facto de, enquanto presidente da ARS Norte, "ser a primeira consignação de uma obra a que assiste", considerando que "dará um novo alento aos profissionais que esperam ser envolvidos na terceira fase da obra".

A fase seguinte da obra de requalificação do CHVNG/E ocorrerá durante o terceiro trimestre de 2018, “com a adjudicação da última fase do projecto (C), no valor de 30 milhões de euros", descreve o hospital.

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