Marcelo e Trump discutiram plano para Portugal atingir meta de despesa com NATO

Visita do Presidente português aos EUA terminou ontem. Marcelo regressa em Novembro.

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Visita de Marcelo a Washington já terminou LUSA/MICHAEL REYNOLDS

O Presidentes de Portugal e dos Estados Unidos discutiram na quarta-feira um "plano credível" para Portugal atingir as metas de despesa com a NATO, o papel dos Açores na segurança do Atlântico e a expansão da parceria bilateral de segurança.

Numa declaração de imprensa conjunta após o encontro de Marcelo Rebelo de Sousa com Donald Trump, em Washington, revela-se que "os dois presidentes discutiram os fortes laços atlânticos entre os Estados Unidos e Portugal, bem como as oportunidades para expandir a parceria bilateral de segurança, incluindo os esforços conjuntos para fortalecimento da NATO e o plano credível de Portugal para atingir as metas de despesa com defesa da Aliança".

"Os presidentes debateram ainda as possibilidades de, através de aprofundado trabalho conjunto por parte de Portugal e dos Estados Unidos, fortalecer os laços económicos transatlânticos, diversificar as fontes energéticas europeias e utilizar a localização estratégica do Arquipélago dos Açores para a segurança do Atlântico", lê-se na declaração colocada no 'site' da Presidência portuguesa na Internet.

A declaração refere que o encontro entre Trump e Marcelo, na Casa Branca, em Washington, na quarta-feira, aconteceu por ocasião do "encerramento do mês de Portugal nos Estados Unidos da América, uma celebração em todo o país dos laços culturais e económicos que unem historicamente as duas nações".

Na cimeira da Aliança Atlântica realizada no País de Gales, em 2014, os aliados comprometeram-se a, no espaço de 10 anos (até 2024), destinar 2% do Produto Interno Bruto a despesas militares.

A partilha de encargos financeiros na NATO foi um dos temas principais da cimeira de maio do ano passado.

O ministro Azeredo Lopes disse, na ocasião, que "insistindo na necessidade de um compromisso entre todos os Estados e também a que se olhasse às características específicas do contributo de cada um, Portugal evidentemente veio confirmar que apresentaria, como aliás combinado entre todos os Estados-membros, o seu plano nacional".

Esse plano consistiria, acrescentou, numa "exposição nacional sobre o faseamento e o modo como tenciona cumprir ou procurar alcançar estes valores de referência". Na altura, foi divulgado que apenas cinco países tinham atingido, em 2016, os 2% do PIB: EUA, Reino Unido, Estónia, Polónia e a Grécia. Quanto a Portugal, segundo dados do Ministério da Defesa, as despesas com a defesa atingiram 1,37% do PIB em 2016.

A visita de Marcelo Rebelo de Sousa a Washington terminou na quarta-feira à noite, já de madrugada em Lisboa, com uma cerimónia na residência da Embaixada de Portugal em Washington.

No regresso, o Presidente da República passa pela Base Aérea das Lajes, na ilha Terceira, onde os Estados Unidos mantêm uma presença militar que tem sido progressivamente reduzida.

A aliança na NATO, a cooperação bilateral na defesa, os Açores e a importância geoestratégica do Atlântico foram temas abordados no encontro de quarta-feira com o Presidente norte-americano, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington.

Estiveram "no centro das conversas", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas na quarta-feira.

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