“Somos um grupo muito forte e unido”, garante Coates

Defesa central uruguaio deverá manter a titularidade e recusa falar sobre o seu futuro após o Mundial.

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Coates LUSA/Kiko Huesca

Depois de quase três anos a jogar em Portugal, Sebastián Coates conhece muito bem alguns dos adversários que irá enfrentar este sábado, em Sochi, nomeadamente aqueles que foram seus colegas no Sporting. Titular na partida frente à Rússia, por lesão de José María Giménez, o defesa central teve um bom desempenho e poderá manter o lugar no “onze” frente a Portugal, nos oitavos-de-final do Mundial.

“Portugal é uma selecção que tem vindo a jogar junta há algum tempo, como a nossa. Tem grandes jogadores, como Cristiano e ganharam o Europeu. Conhecem-se bem e será uma partida muito difícil para as duas equipas”, analisou o uruguaio esta quarta-feira, deixando uma garantia: “Os detalhes serão importantes e vencerá a equipa que ganhe os duelos individuais.”

Coates antecipou que a selecção sul-americana, bicampeã mundial (1930 e 1950), não está obcecada com Cristiano Ronaldo. “Apesar de ser logicamente uma estrela de nível mundial, vamos marcá-lo com o mesmo respeito que o fazemos com todos os outros [jogadores portugueses]. Não se prepara a partida para um jogador, mas sim para uma equipa”, salientou em Novgorod, onde a selecção uruguaia tem montado o seu quartel-general na Rússia.

“Portugal cria muitas situações para Cristiano e ele, logicamente, resolve bem”, justificou, reiterando que a preocupação da formação orientada por Óscar Tabárez será o conjunto português como um todo. “Há companheiros meus no Sporting que estão na selecção. Ganharam o campeonato europeu com muitos jogadores da sua Liga e isso é importante.”

O Uruguai é a única selecção na Rússia que ainda não sofreu golos e Coates explica que tal apenas foi possível porque toda a equipa se sacrifica solidariamente em cada jogo: “Viu-se na partida passada [frente à Rússia, que o Uruguai venceu por 3-0] quando Edi [o avançado do PSG Edinson Cavani] conquistou uma bola ao minuto 90’ na lateral”, acabando por marcar o último golo do encontro.

“Isto é um pouco aquilo que é o nosso grupo, onde todos defendem e todos atacam. Somos um grupo muito forte e unido. É isso que tem levado em frente esta selecção. Toque a quem tocar estará preparado para a ocasião”, acrescentou Coates.

Sobre o seu futuro profissional depois do torneio da Rússia, Coates foi mais reservado e não quis comentar a crise que o Sporting atravessa, que levou à rescisão unilateral de alguns colegas seus alegando justa causa. “Estou focado na minha selecção e depois do Mundial decidirei o que será melhor para mim e para o clube.”

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