Sindicatos de enfermeiros marcam greve a horas extra a partir de Julho

José Correia Azevedo, do Sindicato dos Enfermeiros, afirma que os motivos da greve não são económicos: prendem-se, antes, com o incumprimento do acordo colectivo de trabalho que "diz que os enfermeiros têm direito a um horário normal de 35 horas".

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NFACTOS/FERNANDO VELUDO

O Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) e o Sindicato dos Enfermeiros (SE), que constituem a plataforma FENSE, apresentaram nesta sexta-feira um pré-aviso de greve a horas extra, a partir de 1 de Julho e por tempo indeterminado.

A greve, segundo o pré-aviso, abrange todos os profissionais que excedam as 35 horas semanais de trabalho ou as 42 no caso de horário acrescido. José Correia Azevedo, do Sindicato dos Enfermeiros, explicou à Lusa que os motivos da greve não são económicos, mas sim a exigência de que se cumpra a lei, no caso "o acordo colectivo de trabalho que diz que os enfermeiros têm direito a um horário normal de 35 horas", podendo ter também um horário alargado, que é opcional, com aumento de salário.

O que os sindicatos não admitem, disse o sindicalista, é que se exceda esse horário, havendo escalas de serviço para Julho em que ele não está a ser respeitado, "como se não tivesse sido assinado o acordo". "Para colmatar falhas de pessoal põem os enfermeiros a fazer 12 e 14 horas seguidas. A greve que decretamos é contra estes abusos", disse à Lusa.

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