Movimento pede que nova ponte Porto-Gaia tenha o nome de Manoel de Oliveira

Um grupo de cidadãos defende que a sétima ponte sobre o rio Douro deve ser baptizada com o nome do cineasta em vez de homenagear um antigo bispo do Porto.

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A nova ponte vai unir a zona do Areinho, em Oliveira do Douro, à Avenida Gustavo Eiffel, na marginal do Porto. Paulo Pimenta

Um movimento de cidadãos propõe que a nova ponte, que liga o Porto a Vila Nova de Gaia, adopte o nome do cineasta português Manoel de Oliveira. A Associação República e Laicidade apoia o movimento.

A nova ligação, que ficará localizada entre as pontes de São João e do Freixo, vai designar-se Ponte D. António Francisco dos Santos, em homenagem ao antigo Bispo do Porto, falecido a 11 de Setembro do ano passado.

A travessia, anunciada a 12 de Abril pelas câmaras municipais do Porto e Vila Nova de Gaia, será inteiramente financiada pelas duas autarquias e terá um custo estimado de 12 milhões de euros.

Na mensagem, o movimento de cidadãos declara ser a favor da laicidade do Estado e da homenagem às pessoas da região, pelo que não considera admissível “atribuir o nome duma figura clerical e desconhecida dos portuenses e gaienses a uma obra tão grande como uma ponte". “Não conhecemos ninguém que tenha criado uma maior ponte entre o Douro e o mundo que Manoel de Oliveira", nota.

"Manifestamos, então, o nosso voto popular para que a nova ponte Porto/Gaia se chame Ponte Manoel de Oliveira", termina a mensagem.

Numa nota publicada na sua página na Internet, a Associação República e Laicidade entende também que o nome proposto pelos municípios – D. António Francisco dos Santos – diz respeito "a uma personalidade cujo contributo para tornar conhecida a região é inferior ao de muitos outros portuenses e gaienses".

Prevê-se que a sétima ponte sobre o rio Douro, que une a zona do Areinho, em Oliveira do Douro, à Avenida Gustavo Eiffel, na marginal do Porto, esteja concluída no prazo de quatro anos. Com a nova construção, as autarquias pretendem aliviar o trânsito e transformar a ponte Luiz I numa travessia para peões e para o eléctrico.

Texto editado por Ana Fernandes

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