A melga da Uber

Há muitas empresas responsáveis como o LaTimes que barraram o acesso dos países da União Europeia, porque alegam que não têm dimensão nem orçamento para reformatar os sites de modo a cumprir as novas leis que protegem os nossos dados pessoais.

Ainda há abusadores que não oferecem a possibilidade de remover o nosso endereço de email. São espertalhões que se hão-de lixar. Contam com a nossa apatia. Fazem mal.

Enche o coração ver as empresas mais pequenas a recorrer ao low-tech de pedir que lhes mandemos um mail com a palavra REMOVER. Não custa nada.
E cumpre-se a lei.

Há muitas empresas responsáveis como o LaTimes que barraram o acesso dos países da União Europeia, porque alegam que não têm dimensão nem orçamento para reformatar os sites de modo a cumprir as novas leis que protegem os nossos dados pessoais.

É mentira. Não é preciso gastar muito dinheiro. A Mail Chimp é grátis para empresas pequenas, mas custa apenas 10 dólares por mês com envios ilimitados.

O que o LaTimes e outros sites dos EUA não querem fazer é precisamente cumprir as novas leis que proibiriam a exploração de dados que continuam a fazer nos EUA e no resto do mundo.

Em Portugal a Uber tem a lata de aproveitar o bloqueamento do site por ordem judicial para impossibilitar o cancelamento da assinatura. Sim, os mails têm o botão “Cancelar subscrição”, mas quando se clica vai-se para a clássica página dos piratas: “ A página a que pretende aceder encontra-se bloqueada na sequência do cumprimento de ordem judicial ou administrativa.”

Será que a Uber não tem dinheiro para a assinatura mais cara da MailChimp que custa 100 dólares por mês? Ou está a usar um bloqueio de Junho de 2015 para poder mandar mails à vontade em Junho de 2018? Será legal? Não pode ser.

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