Provedora quer educação para que morte de girafa seja caso único

Não é só no Jardim Zoológico que alguns visitantes querem alimentar os animais, o que por vezes tem consequências graves. Provedora quer pôr os miúdos a pensar nisto, para que eles contagiem os graúdos.

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A Provedora dos Animais de Lisboa diz que a morte de uma girafa no Jardim Zoológico foi um acontecimento “dramático” e já propôs à administração do zoo a realização de “uma campanha de sensibilização para a necessidade de [os visitantes] pararem de alimentar os animais quando não estão autorizados”.

Como o PÚBLICO noticiou, uma girafa-de-Angola do zoo lisboeta morreu no sábado ao cair para o fosso que a separava dos humanos. Segundo o Jardim Zoológico, a girafa foi atraída por um visitante que tentava alimentá-la – o que é proibido. Num comunicado emitido já na terça-feira à tarde, o zoo informou que o animal morreu de um colapso cardio-respiratório em consequência da queda.

Para a provedora, Marisa Quaresma dos Reis, “a girafa teve o comportamento natural de ir à procura de alimento”. Já os visitantes precisam de ser educados, defende. No Jardim Zoológico e não só. “Desta vez correu muito mal, mas há muitas vezes em que corre mal, em que o animal não morre, mas fica muito doente. Por exemplo, na Quinta Pedagógica isto é dramático. As pessoas levam comida em saquinhos, mesmo com toda a sinalética a indicar a proibição de alimentação." A provedora refere que uma cabra da quinta ficou com "uma infecção muito grave" por ter comido um alimento impróprio, trazido por alguém de fora.

Marisa Quaresma dos Reis quer também que este tema seja incluído no Programa de Sensibilização na Infância para o Respeito dos Animais, que é lançado esta sexta-feira na Cinemateca. “A infância tem esta magia: não só de renovar a própria mentalidade, como fazer a reciclagem dos sentimentos que já estão enraizados nas gerações mais velhas”, afirma ao PÚBLICO.

O visitante que tentou alimentar a girafa foi identificado pela PSP e o caso está “em apreciação”, segundo o comunicado do Jardim Zoológico. A Provedora dos Animais de Lisboa lamenta que não haja “muita fiscalização nem penalização para as pessoas prevaricadoras”.

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