A Para Onde? tem 900 projectos à procura de voluntários

São mais de 900 os projectos de voluntariado que podes escolher com a ajuda da associação Para Onde?. E, em 2018, também é possível utilizar a plataforma para fazer voluntariado em Portugal

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Vanessa Rodrigues fez voluntariado de longa duração em Moçambique
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Vanessa Rodrigues fez voluntariado de longa duração em Moçambique

Cabo Verde, Marrocos, Peru, Botswana, Austrália, Kosovo, Itália, Indonésia, Índia: são mais de 900 as oportunidades de voluntariado internacional promovidas pela associação Para Onde? em 2018. "Há programas em quase todos os países que se possa imaginar", explica Inês Ferrão, a coordenadora e fundadora do projecto, ao P3. "Há um pouco de tudo em todos os cantos do mundo."

Mas as novidades não ficam por aqui: 2018 "vai ser a rampa de lançamento para começarmos a ter vários projectos de voluntariado também em Portugal". Assim nasce o novo projecto Gerador da Empatia, com o objectivo de desenvolver vários projectos a nível local e nacional, que faz com que seja possível "envolver muito mais pessoas em Portugal". "O que nós queremos afirmar é que também há muito para fazer aqui."

Só tens de escolher Para Onde queres ir o que queres fazer. Há projectos de curta (entre uma a três semanas) e de longa duração (no mínimo um mês), em Portugal ou no estrangeiro. E nas mais diversas áreas: apoio infantil/juvenil, apoio comunitário, protecção ambiental e animal, saúde, empoderamento de mulheres, artes, desporto, apoio a migrantes e refugiados.

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Ana Moreira no campo de voluntariado em Marrocos

Mas, afinal, quem pode candidatar-se? "Não há limite de idade", conta Inês. "Já tivemos um casal de 81 e 83 anos que fez parte de um campo de voluntariado. Se aparecer alguém com mais de 99, nós não vamos rejeitar. O que dizemos sempre é que o mais importante é a motivação."

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Catarina Vieira no campo de voluntariado em Zanzibar, na Tanzânia

Os processos de selecção dependem do projecto em questão. Nos de curta duração, basta preencher o formulário que está no site e submeter uma carta de motivação. Para os de longa duração, normalmente há uma entrevista (por skype ou telefone) para avaliar a questão das expectativas e da motivação. A associação realiza ainda uma formação antes da partida com todos os voluntários para trabalhar a gestão das expectativas, conflitos e a ideia de ir para uma cultura diferente. "O choque vai acontecer e os voluntários têm que aprender a trabalhar com a frustração."

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Joana Martins e Mara Melão participaram num campo de voluntariado na Indonésia

Os custos também estão dependentes do tipo de projecto. O único valor comum são os 80 euros que garantem o acompanhamento desde o início até ao regresso e ainda a formação prévia. Os voos também não estão incluídos e, quanto ao alojamento e refeições, países como Japão, EUA, Austrália e vários europeus oferecem alojamento e refeições. "Nos outros projectos que não conseguem oferecer, tentamos que [o custo] seja o mínimo possível", revela.

Inês confessa: "As mudanças foram imensas, mas sempre boas". Em 2017, no ano de estreia enquanto associação, foram cerca de 300 os voluntários portugueses a viajar para o estrangeiro e cerca de 500 as pessoas envolvidas em projectos de voluntariado. A coordenadora acredita que o ano foi marcado pela "inclusão social, pelo envio de voluntários portugueses para o estrangeiro e pelo acolhimento de voluntários estrangeiros cá em Portugal".

A Para Onde nasceu em 2014 enquanto plataforma online informativa dedicada a divulgar organizações que recebiam voluntários nas mais diferentes áreas. Dois anos depois, Inês decidiu dedicar-se a "100% a este projecto" e, em Dezembro de 2016, Dia Internacional do Voluntariado, deixou de ser apenas um site para se tornar numa associação sem fins lucrativos.

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