Estes comportamentos não são brincadeira. São assédio sexual

Campanha #ThatsHarrassment aponta o dedo a comportamentos de assédio sexual através de seis vídeos, que estão agora a ser exibidos na televisão norte-americana e nos táxis de Nova Iorque

David Schwimmer, mais conhecido pelo papel de Ross na série Friends, quer dar voz às vítimas com esta campanha. Seis vídeos expõem situações de assédio sexual que, por vezes, não recebem a devida importância. Através da hashtag #ThatsHarassment (que em português significa "isso é assédio"), criou-se um movimento que pretende responsabilizar os culpados e prestar apoio às vítimas.  

A campanha conta com seis curtos vídeos — baseados em situações reais —, que começaram agora a ser transmitidos na televisão americana. Neles, são expostas situações diárias de assédio sexual que as mulheres experienciam — dos comportamentos inapropriados de um colega de trabalho aos de um político. O objectivo passa por incentivar as vítimas a falar a alta voz, sem terem medo de demonstrar o seu desagrado.

Os vídeos são uma versão da série que a realizadora israelita Sigal Avin desenvolveu no seu país. Juntou-se depois ao actor David Schwimmer e a Mazdack Rassi, dos Milk Studios, para criar estas seis "curtas", que foram lançadas em Abril no Facebook, meses antes do escândalo que envolveu Harvey Weinstein. Com a dimensão que o caso assumiu, os produtores decidiram colocar estes vídeos em todo o lado. Para além da televisão, os táxis nova-iorquinos também os estão a exibir, tal como as plataformas Hulu e Amazon. 

site oficial da campanha é um verdadeiro manual de instruções sobre o assédio sexual. Explica-se a definição, as formas de assédio e que medidas tomar nestas situações. As vítimas são aconselhadas a verbalizar o seu desconforto e a não ficar em silêncio. “A culpa não é tua" é a principal mensagem.

Os produtores pretendem que os comportamentos criminosos sejam reconhecidos, denunciados e que os empregadores tomem medidas. "Os homens cometem a grande maioria das violações, agressões sexuais e [casos de] assédio sexual, por isso têm a responsabilidade especial de fazer alguma coisa e de se envolverem", conclui Schwimmer, citado pelo New York Times.

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