Festival Walk&Talk está de regresso à Terceira

De 29 de Setembro a 5 de Outubro, o festival de arte urbana estende-se à ilha Terceira. Programa inclui intervenções de arte urbana, exposições, performances, sessões de cinema e visitas guiadas

Foto
Walk&Talk

O festival de arte urbana Walk&Talk, realizado desde 2011 na ilha de São Miguel, nos Açores, estende-se pelo segundo ano à ilha Terceira, com exposições, intervenções em espaços ao ar livre e performances, entre outras actividades.

"Viajar pelo arquipélago permite envolver directamente as outras ilhas na dinâmica e investimento do Walk&Talk. Quer como acontece agora com a extensão a Angra [do Heroísmo], quer num futuro próximo com a realização de itinerâncias, residências e projectos criados ao longo do ano, novamente em São Miguel e na Terceira ou noutras geografias do arquipélago", adiantou Sofia Carolina Botelho, da direcção artística do Walk&Talk, numa nota de imprensa.

O Walk&Talk leva à ilha Terceira cerca de uma dezena de artistas, entre sexta-feira e o dia 5 de Outubro, sendo que o programa inclui intervenções de arte urbana, mas também em exposições, performances, sessões de cinema, visitas guiadas, oficinas e conversas. Depois de em 2016 ter promovido a pintura de várias obras em prédios e edifícios abandonados, em Angra do Heroísmo, o festival prevê para este ano duas instalações no Relvão (zona verde com parque infantil) e dois murais no centro da cidade, com intervenções do colectivo Baldios e dos artistas Carolina Celas e Roberto Ciderz.

O programa inclui visitas ao circuito de arte pública de Angra do Heroísmo, que integrará as obras realizadas no ano passado e as deste ano. Na sexta-feira, é inaugurada a exposição Rio Atlântico, de Carolina Celas, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro, que resulta de uma residência artística realizada em Junho, e no dia seguinte a artista dará no mesmo local uma oficina infantil.

Já o Museu de Angra do Heroísmo acolhe, a partir de sábado e até 15 de Outubro, a exposição Message in a Bottle, com trabalhos de Silvia Amancei & Bogdan Armanu, Razvan Anton, Belu-Simion Fainaru, Vera Mota, Ciprian Muresan & Gianina Carbunariu, Larisa Sitar e Diana Vidrascu, que tem curadoria de Diana Marincu. Segundo o Museu de Angra do Heroísmo, a exposição, patente na Sala do Capítulo, "é construída como uma cápsula do tempo, reunindo uma série de questões sobre os tempos actuais e reflectindo sobre os processos de aceitação e recepção da mensagem artística".

A mostra terá inauguração conjunta com a exposição Re_Act Contemporary Art Laboratory, na Sala Dacosta, uma iniciativa da residência artística Re_Act, da ilha Terceira, que durante duas semanas juntou na ilha Terceira oito artistas de Portugal, Brasil, Itália e Suíça. Com curadoria de Tal Projectos e No.Stereo, a exposição apresenta obras de Antonio Bokel, Gabriela Maciel, Gioia Giramolo, Mauricio Vicerè, Ivan Divanto, Paulo Arraiano, Patric Sandri e Paulo Ávila Sousa.

Quanto ao programa do Walk & Talk, inclui ainda, na segunda-feira, cinema ao ar livre, no Núcleo de História Militar António Manuel Baptista de Lima, com dois filmes produzidos nos Açores, que resultam de residências artísticas de outras edições do festival: Become Ocean, de Miguel C. Tavares, e Flores, de Jorge Jácome. Na terça-feira, Lígia Soares apresenta, na Casa do Sal, Romance, "uma performance que explora a forma como as pessoas usam as palavras por defeito e não por opção" e no Museu de Angra do Heroísmo haverá um debate sobre a nova identidade cultural açoriana.

Sugerir correcção
Comentar