A nova cerâmica das Caldas da Rainha está à mostra

Até 27 de Agosto, na Feira dos Frutos, ceramistas e designers com ligações às Caldas da Rainha mostram os seus trabalhos. É "mais uma passo na afirmação da candidatura de Caldas da Rainha ao título de cidade criativa reconhecido pela UNESCO"

Vítor Agostinho
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Laboratório d'Estórias
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Mariana Sampaio
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Mariana Sampaio

Doze projetos de 12 ceramistas ligados à cidade participam numa mostra inédita, na Casa dos Barcos, no Parque das Caldas da Rainha, para testemunhar a "vitalidade" do concelho que quer integrar a rede criativa da UNESCO.

A apresentação é uma das apostas da Molda — Bienal de Cerâmica, para marcar a presença do sector na Feira dos Frutos, de portas abertas no Parque D. Carlos I até 27 de Agosto. A exposição inédita ocupa a Casa do Barcos, uma espécie de sala de visitas do parque, com projectos de ceramistas com raízes nas Caldas da Rainha, "ou porque são naturais da região, ou porque nela estabeleceram os seus ateliês e oficinas, ou porque fizeram formações e obtiveram qualificações profissionais na cidade".

A sala onde, no passado, "ocorreram múltiplas mostras de prestígio, entre elas a da colecção fundadora do Museu José Malhoa [localizado no mesmo parque]", acolherá durante a feira obras de Ana Sobral, Carlos Enxuto, Catarina Nunes, Cláudia Canas, Elsa Rebelo, Francisco Correia, Joel Pereira, Laboratório d'Estórias, Mariana Sampaio, Rita Frutuoso, Umbelina Barros e Vítor Agostinho.

Na sua diversidade, "os projectos destes autores testemunham os caminhos actuais da cerâmica caldense, a vitalidade criativa, a maturidade técnica e a solidez no cruzamento de marcas do passado com desafios da contemporaneidade", sustentam os organizadores, para quem a exposição representa "mais um passo na afirmação da candidatura de Caldas da Rainha ao título de cidade criativa reconhecido pela UNESCO".

Na Casa dos Barcos estará também patente uma retrospectiva da Molda 2016, através de uma re-apresentação da Colecção de Design Cerâmico Internacional das Caldas da Rainha, iniciada em 2016 por iniciativa da Câmara Municipal e do Instituto Politécnico de Leiria e reunindo peças internacionais representativas do design cerâmico contemporâneo, sob curadoria do designer e docente Fernando Brízio. A colecção, que será objecto de novas incorporações nos próximos anos, veio, segundo o comissário da Molda, João Bonifácio Serra, "colmatar uma lacuna no panorama do património museológico da cerâmica detido pelas Caldas da Rainha".

A Molda, que se desenvolve em quatro eixos de programação centrados na indústria, colecção, design contemporâneo e uma escola convidada, integra a programação dos anos pares do projecto Caldas Cidade Cerâmica, que se prolonga até 2020 e é a base de uma candidatura à UNESCO como "cidade criativa do artesanato e arte popular". 

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