Hitchfest: Todos os polegares apontam para Marco de Canaveses

O Festival da Boleia, “Hitchfest”, decorre no Marco de Canaveses de 2 a 6 de Agosto. Apresenta-se como um “encontro entre pessoas apaixonadas pela boleia e pela viagem”

O programa inclui concertos, terapias, apresentações, oficinas e performances Hitchfest
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O programa inclui concertos, terapias, apresentações, oficinas e performances Hitchfest
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O Hitchfest vai celebrar durante cinco dias “a vida e a viagem”. De 2 a 6 de Agosto, o festival quer reunir no Marco de Canaveses viajantes e nómadas de todo o mundo. O “encontro entre pessoas apaixonadas pela boleia e pela viagem” é aberto a “todos os curiosos”. Até aos que acreditam que “pedir boleia é só uma aventura à filme”, diz a organização.

A ideia central do festival é “partilhar”, diz Francisco Pedro, um dos cinco amigos que estão a organizar o festival. Durante quatro dias vão ser partilhadas “diferentes formas de viajar”, “diferentes culturas e lugares” e “conhecimentos sobre ecologia, sustentabilidade, espiritualidade e activismo”.

O programa, ainda em atualização, inclui concertos, apresentações, oficinas, performances, exposições, terapias e mercados artesanais e deixa “tempo para espontaneidade e auto-organização”.

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Foi a partir da “diversidade de aprendizagens adquirida em viagens diferentes” que surgiu a ideia de organizar o primeiro festival da boleia em Portugal, conta Francisco. Frederico Moreira, natural de Marco de Canaveses, reuniu um grupo de cinco jovens nómadas portugueses (oriundos do Algarve, Marco de Canaveses, Lisboa e Coimbra) que começaram, há alguns meses, a organizar voluntariamente a primeira edição do Hitchfest.

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Até há pouco tempo os preparativos eram feitos à distância, já que os cinco elementos da organização estavam em países diferentes. “Falávamos por chamada de skype e antes de começarmos não nos conhecíamos”, conta Francisco Pedro. O primeiro encontro aconteceu aquando os preparativos no Parque de Merendas de Montedeiras, o local do festival, e, por isso, Francisco defende que “o próprio grupo já é um exemplo e uma fonte de incentivo” do espírito do Hitchfest que “antes de começar já está a juntar pessoas que não se conheciam mas que têm coisas para partilhar”.

A organização quer mostrar que “a boleia é uma forma de transporte completamente recomendável” e que é possível levar “um estilo de vida nómada”. Francisco Pedro diz que, para já, ainda não sabem como é que o festival vai ser recebido mas que já há viajantes na Turquia e na Bélgica de polegar levantado em direção a Marco de Canaveses.

“Em vez de se ir de ponto A a ponto B, quando se escolhe a boleia a aventura começa muito antes de se chegar ao destino, mal se põe a mochila às costas”, diz Francisco Pedro que há dez anos não tem morada fixa.

Chegar de boleia à Festa da Boleia

O festival começa oficialmente a 2 de Agosto, quarta-feira, mas antes a organização propõe “um pequeno desafio”. A Hitchfast é uma corrida à boleia até ao festival com vários desafios pelo caminho, como o “melhor cartaz”, a melhor fotografia de grupo com uma mascote ou as melhores aventuras como “o maior tempo de espera”, “desculpa(s) esfarrapada(s) que te deram para não te levarem”, “um pensamento profundo que te ocorreu durante a viagem”, por exemplo.

No último dia a proposta é que a viagem continue - claro, à boleia. Marco de Canaveses vai ser o ponto de partida da caravana Hitchgathering 2017 - que no décimo aniversário da iniciativa vai atravessar à boleia, durante o Verão, a Europa, de Oeste a Este.

O Hitchfest não tem bilhetes à venda. A organização optou por pedir donativos “livres e conscientes” à entrada do festival, “dependendo da situação financeira e da vontade de ajudar o festival a crescer”.

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