Depois do Paiva e do Douro, é o Mondego a ganhar um passadiço

Abertura ao público está prevista para o Verão de 2020. Projecto está a ser elaborado por um dos autores dos Passadiços do Paiva

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Adriano Miranda

A Câmara Municipal da Guarda prevê inaugurar no Verão de 2020, em parte ou na totalidade, o projecto dos Passadiços do Mondego previsto para o vale do Mondego, nas proximidades da cidade, anunciou o seu presidente. Segundo Álvaro Amaro, que apresentou o ponto de situação do projecto na 4.ª Feira Ibérica de Turismo (FIT), que decorreu na Guarda entre sexta e segunda-feira, trata-se de um projecto "grandioso" e "estratégico" para o concelho e para a região.

O autarca adiantou aos jornalistas que, após a elaboração do projecto, deseja que este possa ser apoiado pelo Programa Portugal 2020, mas, se a autarquia não conseguir nenhum tipo de financiamento, com recursos próprios, será capaz de "fazer uma parte" do percurso de onze quilómetros de passadiços. O autarca lembrou ainda que a ideia dos Passadiços do Mondego começou com a perspectiva da autarquia de que é preciso encontrar projectos "que alavanquem o futuro" da região.

"O futuro é economia, é crescimento, como eu não me canso de dizer. Mas, para isso, é preciso incentivarmos os investidores privados, mas é preciso também o investimento público ser canalizado para projectar um território. É assim em todo o país e na Europa. E é isso que estamos a tentar fazer na Guarda, o melhor que podemos e sabemos", justificou.

O projecto será sempre realizado com a participação do Parque Natural da Serra da Estrela, porque possui características ambientais "muito importantes". A execução "custará sempre" entre 1,5 a dois milhões de euros.

A primeira ideia dos Passadiços do Mondego foi apresentada no dia da cidade, a 27 de Novembro de 2016, na presença do ministro do Ambiente, Matos Fernandes. O projecto está a ser elaborado por Fernando Domingues, um dos autores dos Passadiços do Paiva, em Arouca.

Segundo o técnico responsável, o plano abrange as freguesias de Videmonte, Trinta e Vila Soeiro, contemplando antigas fábricas de tecelagem e de produção de electricidade e moinhos, entre outros locais existentes nas margens do rio Mondego. Os passadiços, que ficarão a 15 minutos da cidade da Guarda, integrarão um percurso "que se inicia na aldeia de Videmonte, passa na aldeia dos Trinta, em Vila Soeiro e termina na barragem do Caldeirão", disse Fernando Domingues. O percurso integrará travessias de pontes, zonas de slide e culturais e aproveitará grande parte dos caminhos já existentes.

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