Air Ink, a primeira tinta do mundo feita da poluição do ar

Crowdfunding está activo até meados de Março. Este dispositivo diminui a poluição e cria tinta

Quando acabares de ver o vídeo de apresentação deste projecto, ao fim de dois minutos e 29 segundos, terás respirado 12 litros de ar. E isso terá significado, necessariamente, estar em contacto com ar poluído. Anirudh Sharma estava na Índia, numa pausa dos estudos que completava nos Estados Unidos da América, no MIT Media Lab, quando se apercebeu de que as peças de roupa ficavam sujas só de andar na rua. Deu voltas à cabeça e começou a pensar que a própria poluição talvez fosse uma "fonte de pigmentos". E se daí pudesse criar um projecto?

No regresso aos EUA, começou a trabalhar com os colegas Nitesh Kadyan e Nikhil Kaushik na construção de um aparelho cilíndrico que, quando era adaptado a tubos de escape, podia capturar partículas de fuligem. Esse pó preto recolhido era depois purificado de partículas de metal e de vidro e em seguida a misturado com óleo vegetal. Daí podiam ser criados tinteiros compatíveis com impressoras.

Numa campanha de crowdfunding — que está activa até meados de Março e já ultrapassou o valor de 14 mil dólares (cerca de 13170 euros) inicialmente estabelecido —, os criativos da start-up Gravity Labs procuram apoio para a comercialização de canetas Air Ink, feitas com tinta recolhida com os dispositivos chamados Kaalink, que devem ser instalados nos tubos de escape.

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Segundo os autores, um Kaalink pode recolher até 95% dos poluentes emitidos e bastam 45 minutos para recolher a quantidade suficiente para encher um tinteiro. Para já, foram produzidas canetas com 2mm, 15mm, 30mm e 50mm. As primeiras entregas estão previstas para Julho de 2017. 

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