Lava já destruiu cinco casas e desalojou duas mil pessoas no Havai

Na Grande Ilha do Havai, as erupções de lava e o dióxido de enxofre são uma ameaça aos habitantes.

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Quase 2000 pessoas na Grande Ilha do Havai foram retiradas das suas habitações depois de as erupções de lava terem destruído cinco casas e o dióxido de enxofre libertado se tornar uma ameaça para todos os moradores daquela área, informaram as autoridades locais.

De acordo com o Observatório de Vulcões do Havai, citado pela Reuters, uma nova fissura está a lançar lava a uma altura de 70 metros e novas rachas foram abertas numa estrada na área de Leilani Estates, a cerca de 19 quilómetros do vulcão Kilauea, que entrou em erupção na quinta-feira. A zona sudeste da ilha foi abalada por um terremoto de 6,9 na escala de Richter na sexta-feira, o sismo mais forte ali registado desde 1975, e estão previstos mais abalos e erupções para os próximos meses.

Cerca de 1500 casas foram evacuadas numa pequena área rural desde que as fissuras começaram a expelir vapor, lava e dióxido de enxofre, que podem ser fatais em níveis elevados, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças. Mas até ao momento nenhum ferimento ou morte foi relatado. "Aqueles que permanecerem em Leilani e Lanipuna Gardens e ao longo da Pohoiki Road precisam de se preparar para sair, porque se os ventos mudarem correm o risco de serem intoxicados pelos gases", alertou Eileen O'Hara, membro do Conselho do Condado do Havai, através do Facebook.

O resto da ilha e do estado tem estado a viver normalmente e não está a ser notado impacto nos voos para as zonas mais turísticas. "A área onde a lava está a atingir a superfície está muito longe das áreas de resort", disse o presidente e director executivo da Autoridade de Turismo do Havai, George Szigeti.

Embora ainda não se tenham formados fluxos de lava significativos, isso pode acontecer, estando previstos surtos adicionais de lava, que podem atingir temperaturas de 1150 graus Celsius, informou a Agência de Defesa Civil do Condado de Havai.

Petra Wiesenbauer, proprietária da Hale Moana Hawaii Bed and Breakfast, abandonou a sua propriedade na noite de sexta-feira com os seus dois filhos adolescentes e os animais de estimação. "Agora estamos apenas a tentar fazer planos para o futuro", disse à Reuters: "Não há como dizer quando ou se algum dia poderemos voltar."

O Kilauea, um dos vulcões mais activos do mundo e um dos cinco da ilha, está em constante erupção desde há 35 anos.

O deputado norte-americano Tulsi Gabbard, do Havai, pediu às autoridades federais que respondam rapidamente a necessidades como reparos em residências e infra-estruturas de curto e longo prazo. Gabbard disse que mais de 1800 residentes em Leilani Estates e Lanipuna Gardens foram obrigados a deixar as suas casas desde quinta-feira.

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