Cientistas portugueses são finalistas em Prémio Europeu do Inventor

Elvira Fortunato faz parte, com Rodrigo Martins, da lista de finalistas do Prémio Europeu do Inventor. Os “microchips” feitos de papel têm aplicação em aplicações de papel “inteligentes”. Vencedores são conhecidos a 9 de Junho

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Elvira Fortunato e Rodrigo Martins são finalistas do Prémio Europeu do Inventor DR

“Microchips” feitos de papel que têm o potencial “de trazer inteligência electrónica a objectos do quotidiano” valeram a Elvira Fortunato e Rodrigo Martins um lugar nos finalistas do Prémio Europeu do Inventor, do Instituto Europeu de Patentes (EPO).

A invenção dos cientistas portugueses pode ser utilizada em etiquetas de identificação por radiofrequência no transporte de encomendas e gestão de “stocks”, bilhetes de avião, cartões de visita ou rótulos alimentares. Juntamente com uma equipa da Universidade Nova de Lisboa, Elvira e Rodrigo desenvolveram uma “nova geração de ‘chips’ de papel” que se afigura como “alternativa de custo reduzido e maior eficiência energética face aos ‘chips’ de silício”, lê-se em comunicado.

“Num feito histórico, Elvira Fortunato e a sua equipa foram os primeiros inventores a incorporar o papel como parte funcional de dispositivos baseados em transístores.” Dispositivos inteligentes e em rede, que podem ser descartados e reciclados após o uso, são o mercado desta invenção. Cartazes e jornais animados ou cartões e rótulos de alimentos auto-actualizáveis são apenas alguns dos dispositivos que não estão tão longe quanto se possa pensar.

Em 2008, o trabalho da cientista foi alvo de uma doação de 2,5 milhões de euros do Conselho Europeu de Investigação da União Europeia, “a maior alguma vez concedida a um cientista português”. A tecnologia chamou ainda a atenção da empresa portuguesa de tecnologia de realidade aumentada YDreams.

Os 15 finalistas do Prémio Europeu do Inventor são provenientes de 13 países e as invenções “cobrem uma área vasta de áreas tecnológicas, nomeadamente a segurança automóvel, a bioquímica, a comunicação, o ambiente, a electrónica ou a nutrição. Substitutos do glúten criados a partir do milho, encriptação segura de “smart cards” ou “kits” de diagnóstico de doenças para países de desenvolvimento são algumas das invenções estrangeiras que também fazem parte dos finalistas.

Os vencedores da 11.ª edição do prémio de inovação do EPO são conhecidos a 9 de Junho, numa cerimónia em Lisboa.

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