Sapatos portugueses com filosofia vegan

A Nae é uma marca de calçado português preocupada com a sustentabilidade ambiental. Os seus produtos são uma alternativa para quem procura calçado nacional com uma filosofia responsável perante o ambiente

Linha masculina
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O gosto pelo calçado e a vontade de criar uma marca que produzisse sapatos com materiais alternativos ao couro, levaram a que o casal Alejandro e Paula Perez, ambos vegan, criassem a empresa Nae (no animal explotation).

Criaram a empresa em 2008 e começaram por ter um site e vender apenas online para clientes individuais. Segundo Marta Palma, responável pelo marketing e comunicação da Nae, “a falta de oferta de calçado com uma filosofia de não exploração animal, ecológica e de qualidade fez com que surgisse uma janela de oportunidade para este negócio.”

Garrafas de plástico e pneus

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Alejandro e Paula Perez

A empresa tem uma filosofia vegan e preocupa-se com a sustentabilidade ambiental. Ao P3 explicou que trabalham com "materiais alternativos ao couro, tal como a cortiça ou outras microfibras ecológicas", pois querem ser uma alternativa para quem procura calçado português com "uma responsabilidade acrescida com o ambiente”.

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Nae diz não à exploração animal

Marta Palma referiu que “é cada vez mais importante que as empresas produzam recorrendo a materiais que não prejudiquem o ambiente e os animais que o rodeiam", sendo esta a base de todas as colecções, em especial a do próximo ano”, acrescentando que para além dos materiais como a cortiça, as microfibras ecológicas e borracha natural já utilizados nos modelos produzidos, vão apostar no tecido de garrafas de plástico (PET) e em pneus reciclados para as próximas colecções.

Fabricados em Portugal, actualmente a marca tem cinco modelos produzidos recorrendo ao Pet (Politereftalato de etileno) e aos pneus reciclados, modelos que vão ser lançados na próxima colecção Primavera-Verão 2016.

A mais recente novidade da Nae foi a abertura do seu primeiro espaço físico, localizado no LX Factory em Lisboa. Embora consigam vender para todo o mundo, Marta referiu muitas vezes é difícil encontrar agentes e parceiros de negócio em mercados externos, sendo um dos objectivos da Nae “atingir mercados novos e com gostos diferentes dos da maior parte da Europa”, entre eles o mercado americano, africano e asiático.

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