Freakloset são sapatos unissexo, portugueses e personalizáveis

Joana Lemos criou uma marca de calçado personalizável, em que os modelos clássicos são unissexo com um "twist". Na Freakloset podes escolher as cores da pele, do tecido na zona do calcanhar, da sola e dos atacadores

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Calçado minimal, de linhas “clean” e personalizável, feito em Portugal. É assim que Joana Lemos descreve a marca de sapatos que, há poucas semanas, lançou no mercado. São modelos clássicos e intemporais “com um ‘twist’ mais moderno” e “materiais disruptivos, como o neoprene”, que distinguem as criações da Freakloset, com sede em Lisboa.

Foi com a tese de mestrado em marketing que Joana, 25 anos, percebeu o potencial de negócio da sua ideia de personalização de calçado. “Sempre adorei os sapatos clássicos e de poder escolher as cores dos produtos que me agradavam. Mas os sites de personalização tinham processos cansativos, demasiados pormenores em aberto”, conta ao P3.

Identificou uma falha na pouca oferta de personalização para homem e decidiu criar a marca, apesar de não ter formação na área. À licenciatura em gestão juntou uma pós-graduação em design, um “pequeno curso de design de calçado” e outro de design gráfico tirado em Nova Iorque. Passou largas horas em visitas a fábricas para aprender, perceber o processo e estudar protótipos.

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Para a primeira colecção Freakloset foram criados sete modelos, lançados faseadamente nos próximos meses. São quatro sapatos rasos (“derby”, “oxford”, “monk” e “loafer”) e três botas (“Chelsea boots”, de atacadores e “neoboot”). Aliar “o clássico do design às necessidades do mundo contemporâneo” é um dos objectivos. “Tentamos criar um produto apelativo, diferente, mas com um afirmação no mundo da moda”, resume Joana.

Os modelos são “completamente unissexo”, desenhados para “não ficarem masculinos nas mulheres nem femininos nos homens”, garante a jovem natural de Coimbra. “As únicas diferenças que existem são ergonómicas, já que os pés são diferentes.” A personalização é feita a partir de um “design em branco” fornecido pela marca ao cliente; não é possível alterar a forma ou acrescentar costuras. A mudança das cores da pele, do neoprene, da sola e dos atacadores está disponível e, em breve, este processo vai poder ser feito através de uma plataforma online a três dimensões.

É na fábrica Evereste, em São João da Madeira, que os sapatos Freakloset são produzidos e “a componente manual é muito grande”. As peles são, por agora, italianas; no Verão, Joana quer testar “uma camurça impermeável da Alemanha”. As solas, cujos moldes foram desenvolvidos durante meses, também são feitas em Portugal, “100% em borracha”. O conforto dos sapatos, assegura a jovem, deve-se não só ao neoprene mas também às línguas acolchoadas e às palmilhas anatómicas.

No site — e, em breve, no “showroom” em Lisboa —, os sapatos estão à venda a partir de 240 euros (modelos já feitos), com entrega em 24 horas. A personalização encarece o preço final e levar cerca de duas semanas a ser executada.

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