Stoock, um sensor e uma “app” para agricultores

A start-up Agroop desenvolveu um multi-sensor para monitorizar parâmetros físicos em terrenos cultivados. O Stoock é um dos semi-finalistas do Prémio EDP Inovação

Esboço do Stoock
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Esboço do Stoock
Michael Buholzer/Reuters
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À primeira vista pode parecer uma placa de identificação de plantas, como aquelas que colocamos nos vasos de ervas aromáticas para não corrermos o risco de confundir salsa com coentros. Mas o Stoock é um multi-sensor desenvolvido por uma start-up portuguesa para rentabilizar a produção agrícola. Controlado por uma aplicação, o produto é um dos oito semi-finalistas do Prémio EDP Inovação.

A ideia é aproveitar conhecimentos de gestão operacional do dia-a-dia da agricultura, através de “funções de monitorização de parâmetros físicos no terreno”, como a temperatura, em tempo real, de uma exploração, a velocidade do vento ou a humidade do solo. Quem o explica é Bruno Fonseca, da start-up Agroop.

A identificação destes parâmetros permite o cálculo de um “índice de evapotranspiração”, ou seja, aquilo que uma determinada planta transpira. Ter este conhecimento é útil para definir as necessidades de rega de uma planta e, com isso, poupar água.

Segundo o designer de comunicação de 29 anos, já existe tecnologia semelhante ao Stoock no mercado. “O factor diferenciador é estarmos a tentar fazer um produto tão simples e intuitivo que o próprio utilizador consegue configurar”, diz. O facto da instalação deste tipo de produtos ter, normalmente, que ser feita por uma equipa especializada “limita, à partida, a escala do negócio”. A facilidade na configuração, acredita, pode ajudar na internacionalização da marca.

O Stoock inclui um painel fotovoltaico, responsável pela alimentação de toda a comunicação do sensor com a aplicação, disponível para “smartphones” e computadores. Esta “app” já estava em desenvolvimento na Agroop antes da participação no Prémio EDP Inovação e terá um custo adicional. Cara “stick” deverá ser vendido por 900 euros.

O Prémio EDP Inovação, já na 7.ª edição, distingue projectos na área da inovação tecnológica ou negócios ligados a tecnologias limpas no sector da energia. A concurso estão 50 mil euros, entregues em Novembro, a um dos três projectos que, entretanto, serão escolhidos como finalistas.

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