Politécnico de Viana criou serviço de transporte “low-cost” para os alunos

Autocarro "low-cost" vai cobrir os dez concelhos do Alto Minho. Preço do bilhete oscila entre os 45 cêntimos e 1,80 euros

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Mais de dois mil alunos do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) vão ser servidos, a partir do dia 21, por um serviço de transporte "low-cost" que cobrirá os dez concelhos do Alto Minho.

Em declarações esta segunda-feira à agência Lusa, o director dos Serviços de Acção Social (SAS) do IPVC, Diogo Moreira, explicou que o "BUS" académico vai começar no arranque do novo ano lectivo, servindo um total de 2.208 pessoas do distrito. De acordo com aquele responsável o serviço, que "tem como principal objectivo reduzir os custos de frequência no ensino superior", vai representar um custo anual de 75 mil euros suportados pelo IPVC, e pelas dez autarquias da região.

"Os municípios que possuem escolas do IPVC vão pagar por ano cerca de 8.000 euros. Os que não têm escolas no seu esdpaço geográfico, suportarão um valor mais reduzido, de cerca de 4.900 euros. O restante será garantido pelas receitas arrecadadas com o funcionamento do próprio serviço", explicou.

Seis autocarros por dia

O IPVC tem cerca de cinco mil alunos distribuídos por seis escolas, de Educação, Tecnologia e Gestão, Agrária, Enfermagem, Ciências Empresariais, Desporto e Lazer, ministrando 28 licenciaturas, 39 mestrados, 28 Cursos de Especialização Tecnológica (CET) e 16 Pós-Graduações. Além de Viana do Castelo, o IPVC tem escolas superiores instaladas em Ponte de Lima, Valença e Melgaço.

Apoiado pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, estrutura que congrega as dez autarquias da região, o "BUS" vai permitir que os alunos de fora dos concelhos onde funcionam as cinco escolas superiores do IPVC "possam regressar a casa todos os dias, com o preço do bilhete a oscilar entre os 45 cêntimos e 1,80 euros, evitando assim os custos com a habitação". Com três autocarros no período da manhã, e outros três à tarde, a rede de transportes académicos que ligará, entre si, 17 localidades do Alto Minho "foi desenhada de modo a que todos os estudantes do distrito, independentemente do concelho onde residam, possam deslocar-se em horários que lhes permitam frequentar qualquer uma das escolas superiores do IPVC".

"A saída de casa e o realojamento representam uma das maiores contrariedades, para muitas famílias e jovens, quando pretendem ingressar no ensino superior, devido aos custos", sustentou. Os alunos carenciados do IPVC podem ainda "dispor de bolsa de estudo que os ajudará a fazer face aos custos globais com a frequência do seu curso".

Anteriormente o IPVC anunciou que vai também reduzir, este ano lectivo, o custo das refeições em cinco cêntimos (de 2,40 para 2,35 euros), justificando a medida com o aumento, de cerca de 70%", do número de refeições servidas naquele politécnico entre 2012 e 2014. Na altura, Diogo Moreira explicou que a redução dos custos de frequência do ensino superior pretende "eliminar as barreiras para as famílias com menores condições financeiras". "A percentagem de alunos do Alto Minho com carências económicas é muito grande. No ano lectivo anterior, o SAS recebeu 2.000 candidaturas à bolsa de estudo, tendo apoiado 1.500 alunos", disse.

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