A Arumis quer levar o olfacto para as salas de espectáculo
São dez os finalistas da edição 2015 do Prémio Nacional das Indústrias Criativas — e nós quisemos saber mais sobre eles. Uma start-up de Braga criou um produto que quer introduzir a experiência do olfacto na indústria audiovisual
Como definiriam o vosso projecto, um dos dez finalistas do PNIC 2015?
A Arumis assume-se como um “game changer” no mundo do espectáculo. É uma start-up que pretende melhorar a experiência dos espectadores na indústria audiovisual com a introdução da quarta dimensão sensorial, a olfactiva, promovendo novas sensações/emoções. O produto desenvolvido adapta-se às salas de espectáculo existentes, não sendo necessário novas estruturas. Ou seja, o investimento a ser aplicado é reduzido, proporcionando assim uma excelente oportunidade de negócio. O produto é inovador porque eleva o patamar qualitativo no mundo do espectáculo, da arte e do entretenimento com a introdução de mais um dos cinco sentidos nas experiências a vivenciar, sincronizando a visão, a audição e o olfacto num “timing” exacto para as diferentes ocasiões.
O potencial do produto é muito grande, envolvendo vários mercados de utilização. Relativamente ao mercado do entretenimento, o produto vai ser introduzido em diferentes áreas como cinemas, musicais, teatros, museus, parques temáticos, concertos, desfiles de moda e eventos pontuais. O objectivo final passa por introduzir esta interacção directamente nas casas de cada um de nós. O estado actual do projecto consiste nas etapas já finalizadas, tais como a submissão da patente, produção de protótipos, validação tecnológica, processo de incubação na StartUp Braga, bem como parcerias estratégicas para o desenvolvimento e comercialização do produto.
Em que é que o vosso projecto difere de outros semelhantes?
O nosso projecto difere de outros semelhantes porque desenvolvemos um produto 100% original que permite aos utilizadores usufruir de uma experiência sensorial unipessoal, é versátil e vai ser usado como uma nova ferramenta no processo de concepção criativa dos artistas, com um importante poder de inclusão na interacção da arte entre as pessoas com deficiências visuais. O pedido de criação de patente já foi submetido.
Quais as características que um vencedor do PNIC deve ter?
O projecto tem que ser inovador e escalável, a equipa tem que ser persistente, trabalhadora e dedicada, com as competências necessárias para o levar para a frente, e deve ter potencial para criar postos de trabalho a curto e médio prazo, através da comercialização do produto ou serviços.
A concurso estão 25 mil euros. Em que investiriam este valor?
Acreditamos que este prémio irá permitir um maior reconhecimento e visibilidade da Arumis, reforçando o nosso capital que, neste momento, é fundamental para o avanço do projecto. Caso sejamos os vencedores do prémio, este será investido na comunicação da marca, marketing e publicidade para acelerar a escalabilidade do produto.
Quais são os objetivos para 2015?
Validação de mercado, optimização do produto e realização de testes piloto. Em 2016, pretendemos arrancar com produção e comercialização.
