"Não lhes feche a porta": campanha quer combater violência por orientação sexual

Campanha quer sensibilizar famílias portuguesas para a discriminação e violência por orientação sexual ou identidade de género que é exercida, em particular, sobre jovens

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A campanha da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, de combate à violência e à discriminação, por orientação sexual ou identidade de género, apresentada esta quinta-feira, em Oeiras, tem por lema "Não lhes feche a porta".

A campanha, que vai realizar-se a nível nacional, "tem por objectivo sensibilizar a população em geral, e particularmente as famílias, para a violência que é exercida", em particular "sobre muitas pessoas jovens, em muitos casos dentro de um círculo muito próximo", segundo a comissão.

"Todos os dias há jovens vítimas de agressão, por causa da sua orientação sexual ou identidade de género, agressões 'por detrás da porta', muitas vezes por quem lhes está mais próximo", ouve-se no "spot" da campanha. "A intolerância pode gerar crimes de ódio e deve ser combatida", prossegue. A mensagem termina com o endereço do site de apoio a "Não lhes feche a porta". O mesmo endereço e o sentido da mensagem encontram-se nos cartazes de exterior, que alertam: "Quando se é agredido por quem nos é mais próximo só nos sentimos em casa fora de casa".

A secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, que presidiu a sessão de lançamento da campanha, na Praia da Torre, em Oeiras, disse acreditar "que Portugal não é um país marcado pela homofobia". Porém, afirmou, "os casos existem", "devem ser desocultados e quando constituem crime não podem ficar impunes".

A "Campanha de Combate à Violência e à Discriminação em Razão da Orientação Sexual e da Identidade de Género", de acordo com o gabinete de Teresa Morais, decorre no âmbito do V Plano Nacional para a Igualdade e Não Discriminação.

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