População escolhe mobiliário urbano para Largo do Intendente

Bancos, uma minibiblioteca para troca de livros ou um palco desmontável são algumas das ideias. Votação decorre de 18 de Março a 1 de Abril

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José Fernandes

Os lisboetas vão poder eleger, a partir de quarta-feira e até 1 de Abril, três ideias de mobiliário urbano para o Largo do Intendente, em Lisboa, como bancos, chapéus instalados em candeeiros e uma minibiblioteca para troca de livros.

A iniciativa resulta de um concurso de ideias promovido pelo FabLab Lisboa (laboratório municipal de fabricação digital destinado a elaborar protótipos), e que engloba também uma estrutura de iluminação, um jogo didáctico, uma cobertura para esplanada, peças onde é possível deixar papéis para iniciar conversas, um banco para pessoas e bicicletas, um palco desmontável para eventos e ainda mesas com um padrão tradicional, num total de dez projectos.

"Ao longo do tempo, [...] fomo-nos apercebendo que o FabLab poderia ser um equipamento muito útil para desafiar as pessoas a pensar o Largo e quais os elementos de mobiliário urbano que seriam interessantes" ter ali, sendo esse o objectivo do concurso, afirmou a vereadora da Economia e Inovação do município, Graça Fonseca, em declarações à agência Lusa. A autarca referiu que estas ideias vêm responder a algumas das necessidades do Largo do Intendente, como a criação de sombras e de equipamentos infantis, mas salientou que o mais importante é "cruzar o que é a criatividade das pessoas com os elementos de espaço público".

Vencedores anunciados a 10 de Abril

Os projectos vão ser apresentados na quarta-feira às 18h30 no Largo Café Estúdio, onde as maquetes estarão expostas durante as duas semanas de votação. Além deste espaço e da sede do FabLab Lisboa, no Mercado do Forno do Tijolo, será ainda possível votar através do site da iniciativa. Além destas dez propostas, foram recebidas outras 29 — entre Setembro e Dezembro do ano passado —, que acabaram por não ser seleccionadas pelo júri composto por Bernardo Gaeiras (diretor do FabLab Lisboa), Marta Silva (do Largo Residências) e Frederico Duarte (docente na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa).

Os três projectos vencedores serão "fabricados e depois instalados no Largo do Intendente", garantiu Graça Fonseca. Quanto aos custos de produção, a responsável explicou que tal depende do projecto, acrescentando que o financiamento será suportado pelo FabLab Lisboa e pela Câmara. Os vencedores serão anunciados a 10 de Abril e receberão prémios que variam entre os 1.500, 1.000 e 500 euros, para o primeiro, segundo e terceiro classificados, respectivamente.

Os restantes receberão uma menção honrosa e poderão ter, futuramente, os seus projectos aplicados noutras zonas da cidade, segundo Graça Fonseca. "Neste momento ainda não está totalmente definido, mas admito que daqui possam sair propostas interessantes até para outros largos da cidade", declarou. Graça Fonseca disse ainda que, depois desta experiência, "esta ligação entre um laboratório de prototipagem e o espaço público" poderá repetir-se noutros locais de Lisboa, não só para a criação de mobiliário urbano, como de sinalética e de placas, exemplificou.

O FabLab Lisboa, criado pela Câmara Municipal a 2 de Julho de 2013, tem actualmente 1.004 membros registados e 337 projectos apoiados.

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