Bloodborne não é para meninos

Bloodborne não vai ser um título para toda a família, o seu público-alvo é aquele jogador que gosta de experiências intensas com um certo nível de realismo. É para jogadores que gostam dum enredo do “homem perdido contra um mundo misteriosamente hostil”

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Sem dúvida nenhuma, Bloodborne é um dos exclusivos para a Playstation 4 mais aguardados deste ano. Já tinha experimentado a sua versão de demonstração durante o Lisboa Games Week e recentemente, a Sony Portugal, convidou-me para testar novamente Bloodborne, mas agora numa versão mais próxima da final. E se estão a ler este texto provavelmente querem saber a minha opinião sobre o que tive oportunidade de ver e jogar.

Deixem-me primeiro deixar bem claro que isto não é uma review ao jogo. Nem poderia ser, visto que ainda não joguei a versão final. É sim um texto sobre o que esperar duma forma geral.

Desde início é evidente que se gostam de Dark Souls, então quase de certeza que Bloodborne não vós vai parecer estranho. Aliás, a produtora nipónica (From Software) é a mesma, assim como o director do projecto (Hidetaka Miyazaki). Muitas das mecânicas são semelhantes, e a dificuldade embora não tão drástica, é igualmente elevada. O próprio ambiente, apesar de não estar tão próximo do misticismo medieval como em Dark Souls, é igualmente aterrador. Ou pelo menos, tenta ser.

Aqui avançamos uns séculos e estamos mais perto dum período europeu antes do modernismo do século XX. Diria mesmo algo entre o Gótico tardio e o Victoriano.

Deixem-me só deixar aqui um pequeno aviso, Bloodborne não vai ser um título para toda a família, nem tem intenção de o ser, e é claro que o seu público-alvo é aquele jogador que gosta de experiências intensas com um certo nível de realismo. Se estão a pensar em um dia comprar este título para o vosso familiar, ou conhecido, que tem uma idade inferior a 18 anos, então pensem duas vezes. Isto está longe de ser esse tipo de jogo. Por muito que vos peçam, aconselho vivamente a não o fazer.

Este jogo é sim para os jogadores mais veteranos, com outro tipo de maturidade, que não tenham complexos em eliminar com algum nível de violência gráfica, mortos-vivos, lobisomens, monstros animalescos ou semelhantes, com dezenas de ataques possíveis. É para jogadores que gostam dum enredo do “homem perdido contra um mundo misteriosamente hostil”. É para os jogadores que gostam de jogar durante horas a fio, e de personalizar as suas personagens, tanto no aspecto visual, como nas suas características de combate. Se acham que se enquadram neste tipo de grupo, ou conhecem alguém que se podia enquadrar nesta categoria facilmente, então aqui está uma boa escolha para os próximos meses.

Bloodborne tem lançamento previsto para o final do mês de Março. Se apreciam Dark Souls, tem uma PS4 e querem experimentar um jogo semelhante, então não procurem noutro lado. O exclusivo Bloodbourne vai ser a escolha certa.

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