A Shield, novamente, como mal menor

Portugal terminou a quinta etapa do Circuito Mundial na 13.ª posição e perdeu um lugar na classificação da prova

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World Rugby/Martin Seras Lima

Tal como tinha acontecido na África do Sul, na terceira etapa, Portugal saiu de Las Vegas com um troféu na bagagem, mas em termos práticos o resultado alcançado nos Estados Unidos foi a repetição da pior prestação da selecção nacional nesta temporada no Circuito Mundial de sevens. Com a vitória na Taça Shield na quinta etapa, Portugal ficou no 13.º lugar e distanciou-se do Japão, que continua a somar últimos lugares, mas caiu para a penúltima posição da prova.

Após uma fase de grupos onde as exibições foram melhores nas derrotas (África do Sul e Estados Unidos) do que na vitória (Japão), Portugal disputou, à semelhança das etapas anteriores, o Taça Bowl e começou a fase a eliminar com um duelo frente ao Quénia.

O início do confronto frente aos africanos ainda foi prometedor e Adérito Esteves colocou Portugal, que tinha vantagem numérica, a ganhar por 7-0, mas na primeira vez que conseguiu entrar no meio-campo português, o Quénia fez ensaio, reduziu para 7-5, e a partir desse momento surgiu em campo o lado mau na equipa nacional.

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Embora tivesse chegado ao intervalo a ganhar, Portugal sofreu um ensaio logo após o recomeço (7-12) e na segunda parte a selecção nacional deixou de jogar como equipa. Apesar das sucessivas posses de bola e oportunidades para se colocar na frente, os jogadores portugueses tentarem sempre iniciativas individuais que terminavam invariavelmente com os quenianos a ganhar no confronto físico e a reconquistar a bola. E uma dessas situações, já nos derradeiros segundos, originou o terceiro ensaio africano, que colocou o marcador final em 7-17.

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Falhado o objectivo de atingir as meias-finais da Bowl e repetir as melhores prestações anteriores, Portugal caiu para a Taça Shield pela segunda vez nesta temporada. Com a equipa a acusar claro desgaste (Carl Murray, Diogo Miranda e João Lino tiveram problemas físicos), a formação portuguesa defrontou o Brasil nas meias-finais da Shield e contra a equipa convidada da prova, o conjunto nacional teve que sofrer muito.

O duelo voltou a começar bem para Portugal, que colocou-se a vencer por 12-0 (ensaio de David Mateus e Nuno Sousa Guedes), mas a inexperiente equipa brasileira deu a volta ao jogo e a meio da segunda parte já vencia por 19-12. A sorte do jogo, todavia, voltou a sorrir para a equipa nacional que beneficiando de superioridade numérica nos últimos dois minutos, garantiu o acesso à final da Shield com mais dois ensaios, o últimos dos quais, de Nuno Sousa Guedes, na “bola de jogo”.

A terminar a etapa norte-americana, Portugal jogou a final da Shield com o País de Gales e voltou a entrar muito bem na partida, chegando ao intervalo a ganhar por 12-0, com dois ensaios de Adérito Esteves. Com apenas dois suplentes no banco (João Bello e João Diogo Silva), a selecção nacional aumentou para 19-0 já na segunda parte (toque de meta de Sousa Guedes), mas apesar da reacção dos galeses, que reduziram para 19-12, segurou a vantagem e garantiu a vitória no troféu de menor importância na competição.

Com o 13.º lugar em Las Vegas, Portugal ganhou mais dois pontos ao Japão, que nas cinco etapas ficou sempre em último, mas foi ultrapassado pelo Canadá, caindo para a 14.ª e penúltima posição do Circuito Mundial.

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