Erasmus+ concedeu mais de dez mil bolsas e estágios

Mais de dez mil candidaturas aprovadas para estágios e bolsas de estudo na Europa no primeiro ano do programa Erasmus+

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Sara Sampaio

Ensino superior e formação profissional foram as áreas de aprendizagem que mais mobilidade permitiram aos jovens portugueses, no primeiro ano do programa Erasmus+, com mais de dez mil candidaturas aprovadas para estágios e bolsas de estudo na Europa.

De acordo com dados provisórios divulgados pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), no que diz respeito a candidaturas de mobilidade para aprendizagem (acção um), o ensino superior lidera no número de candidaturas aprovadas para programas de mobilidade de estudantes, com 8.093 concedidas, seguindo-se a formação profissional, com mais de duas mil.

O programa Erasmus+ veio agregar um conjunto de programas de bolsas de estudo, estágios e intercâmbios para jovens estudantes e profissionais promovidos pela União Europeia, entre os quais o programa Erasmus, que permitia até agora, aos estudantes do ensino superior, estudar no estrangeiro por um semestre ou um ano lectivo. Mais de 7 mil estudantes de Portugal beneficiaram no ano lectivo de 2012-2013 de bolsas da União Europeia para estudar no estrangeiro, o que representou um aumento de 9% face ao ano lectivo anterior, segundo dados divulgados em Julho.

De acordo com os dados do programa de mobilidade no ensino superior Erasmus, divulgados em Bruxelas, a subida verificada em Portugal ficou acima daquela verificada na média da União Europeia (6%), que voltou a conhecer um novo recorde absoluto nos 27 anos de existência do Erasmus, com 270 mil estudantes a receberem bolsas para estudar ou receber formação no estrangeiro no ano lectivo 2012-2013 (contra 252 mil no ano anterior). No que diz respeito aos dados provisórios do programa Erasmus+, a seguir ao ensino superior foi a formação profissional que mais mobilidade concedeu, com 2.340 candidaturas aprovadas. A mobilidade escolar, para as crianças e jovens abrangidos pela escolaridade obrigatória, viu 637 candidaturas aprovadas, e a educação de adultos foi o eixo que menos mobilidade promoveu, com apenas 146 candidaturas deferidas. No total, ao longo do primeiro ano, segundo os dados provisórios do MEC, foram aprovadas 11.216 candidaturas a mobilidade para aprendizagem.

No que diz respeito a candidaturas de cooperação para inovação (acção dois do programa Erasmus+, que se destina a seleccionar candidaturas para projectos específicos), foram os candidatos da educação escolar e da formação profissional que mais pedidos viram aprovados. O ensino superior, que apresentou 46 candidaturas, teve apenas três aprovadas e, na educação de adultos, dos 37 candidatos, apenas quatro viram o pedido aceite.

O programa Erasmus +, desenhado para atribuir bolsas de estudo e estágio a mais de quatro milhões de jovens que queiram estudar no estrangeiro, foi oficialmente apresentado a 4 de Dezembro de 2013. Em Novembro de 2013, o Parlamento Europeu aprovou o programa Erasmus+, definindo um orçamento de 14,7 mil milhões de euros até 2020 para atribuir bolsas mas também empréstimos, o que representou um aumento de 40% em relação à verba anterior. O novo programa veio substituir os sete que existiam: o Erasmus e Erasmus Mundus, destinados a estudantes do ensino superior; o Comenius, dirigidos ao ensino escolar; o Leonardo da Vinci, para a educação e formação profissional; o Grundtvig, educação de adultos; e o programa "Juventude em Acção".

Além dos programas de educação, o Erasmus+ está também pensado para os jovens desportistas que podem receber bolsas. Com um orçamento de 14,7 mil milhões de euros, o Erasmus+ pretende chegar a mais de quatro milhões de jovens entre os 13 e os 30 anos, de todos os níveis de ensino, assim como professores, formadores e animadores de juventude. Os programas apoiam não apenas estágios, mas também intercâmbio de jovens, voluntariado, actividade docente ou a participação numa actividade de desenvolvimento profissional.

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