Queres mostrar como funcionam as fábricas por dentro? São João da Madeira precisa de guias

Um curso ou o 12.º ano completo, fluência numa ou mais línguas, ter entre 25 e 45 anos, são alguns dos requisitos para fazer parte da equipa do Turismo Industrial de São João da Madeira - o roteiro que revela como nascem lápis, chapéus e sapatos. As candidaturas estão abertas até ao dia 21

Foto
Fernando Veludo/arquivo

Tudo começa com o envio de um email com as motivações e razões para ocupar um dos lugares de guia do Turismo Industrial de São João da Madeira, o projecto de visitas guiadas a várias fábricas e instituições da cidade. Nesse mesmo email, é preciso anexar o currículo o mais actualizado possível e com a experiência profissional detalhada. O roteiro que integra a única fábrica de lápis do país, a Viarco; a líder do fabrico de feltros para chapéus, a Fepsa; as empresas de calçado Helsar e Evereste; a Heliotextil, a Cortadoria Nacional do Pêlo; o Museu da Chapelaria; o Centro Tecnológico do Calçado de Portugal, e ainda o Centro de Formação Profissional da Indústria do Calçado; precisa de mais guias. As candidaturas estão abertas até esta sexta-feira, 21 de Novembro.

Pede-se uma licenciatura no currículo ou um curso profissional de equivalência ao 12.º ano preferencialmente nas áreas de Turismo, Gestão do Património, Animação Sociocultural, Línguas Estrangeiras. Esta é, aliás, uma das principais condições, isto é, além do Português, os candidatos têm de ser fluentes em pelo menos uma língua estrangeira – Inglês, Francês, Espanhol ou Alemão são as opções. Para se ser guia de turismo industrial no mais pequeno município do país em termos de área é necessário, claro está, conhecer bem a história da indústria são-joanense, gostar do contacto com o público e dominar as artes da comunicação.

Simpatia, dedicação, organização, pontualidade. Qualidades valorizadas em qualquer guia e que aqui também não é excepção. Na idade, há preferências por quem tenha entre 25 e 45 anos. O email é o primeiro passo. Depois de uma análise ao conteúdo desse email, só os candidatos com perfil mais adequado serão chamados para uma entrevista. E aí é preciso estar bem por dentro do assunto, ou seja, conhecer todos os parceiros deste roteiro turístico pouco convencional. Mas não chega. É também preciso estar por dentro das valências e ofertas culturais e turísticas da cidade e estar preparado para realizar oficinas pedagógicas para diferentes públicos, participar em feiras, conferências, workshops.

O quartel-general fica na Torre da Oliva, onde funciona o Welcome Center do Turismo Industrial, mas os guias circulam pelas fábricas da cidade mediante as reservas. Pede-se, portanto, disponibilidade plena, durante a semana e aos fins-de-semana, em horários que serão previamente combinados. Até porque há ainda a possibilidade de haver eventos nocturnos.

Falemos agora de dinheiro, de remuneração. Os guias são contratados consoante a marcação de visitas e recebem 25 euros por visita e cinco euros à hora em caso de actividades no Welcome Center. Para receber, é preciso passar recibo verde ou clicar na opção acto isolado.

Sugerir correcção
Comentar