A Creatives Boards é a nova “rede social para criativos”

Na Creatives Boards as imagens valem mais do que qualquer outra coisa. Nesta plataforma, que é uma montra para criativos, as empresas escolhem (quase) à primeira vista o criativo com o qual querem trabalhar

Da esquerda para a direita
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“Uma imagem vale mais que mil palavras” foi a frase que serviu de inspiração à equipa da Creatives Boards, uma plataforma que pretende facilitar a comunicação entre empresas e todas as áreas criativas que desenvolvam conteúdos gráficos. A ideia desta plataforma é que os criativos (de áreas como o design gráfico, a fotografia, o web design, ou a ilustração), criem “uma imagem que represente as mil ideias que existem dentro da sua cabeça” e que, posteriormente, “haja uma empresa que se identifique com essas ideias”.

Nas palavras do seu impulsionador, "a Creatives Boards é uma página onde as empresas podem ir, diariamente, consultar as coisas novas que estão a surgir". "É uma rede social para criativos, com acesso às empresas". 

Henrique Pinho é o mentor deste projecto e explicou ao P3 que a ideia surgiu quando ele próprio se apercebeu que é “muito difícil” encontrar um criativo, que cumpra os requisitos de uma empresa. Além do que a procura é um processo, por vezes, “muito longo”, garante o impulsionador, que acrescenta ainda que, descobrir o criativo ideal, “pode determinar o sucesso de um projecto”.

A plataforma não utiliza portefólios nem perfis dos criativos, utiliza, sim, painéis de inspiração (MoodBoards) que pretendem ser um “ponto de comunicação mais próximo entre os criativos e as empresas”. As MoodBoards não são mais do que uma imagem, fotografia, ou vídeo, feitos pelo criativo, que visam transmitir a sua inspiração criativa.

A Creatives Boards é um sítio na Internet que permite às empresas decidir, através de MoodBoards, qual é a inspiração que mais se aproxima do projecto que tem em mente. Depois de as empresas escolherem os criativos, podem comprar os contactos. O preço começa nos 50 euros, que equivalem a um ou três contactos. “A ideia é que as empresas peçam três orçamentos, para que tenham uma noção do mercado. Estes packs servem também para dar alguma margem de manobra a quem comprou os contactos, para compensar o investimento; assim se daqueles três contactos, dois criativos estiverem sem disponibilidade ainda sobra uma hipótese”, explicou Henrique.

Foi para tentar solucionar falhas de comunicação entre empresas e criativos que o arquitecto, que hoje em dia “teria seguido a área da programação”, pensou numa plataforma que agregasse criativos de varias áreas e de várias cidades portuguesas. “O que eu queria era ter um único local no qual encontrasse criativos com os quais eu, enquanto empresa, me identificasse”, sublinha Henrique, que com Luís Braga, João Magalhães, André Cardoso e Bruno Costa, compõe a equipa da Creatives Boards. “O objectivo aqui é que as empresas trabalhem directamente com criativos que tenham ideias semelhantes às suas”, continua.

As inscrições na plataforma são gratuitas, tanto para as empresas, como para os criativos. E neste momento a plataforma ainda tem “pouca massa criativa”, diz Henrique.

A ideia que surgiu há dois anos e começou a ser desenvolvida há um, ganhou, realmente, forma na terceira edição do Programa de Aceleração de Startups do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), onde a Creatives Boards foi um dos 16 projectos finalistas. Henrique recorda o Programa como “uma pressão positiva”. “O Programa de Aceleração contribuiu, em muito, para o desenvolvimento da plataforma, a primeira coisa positiva foi termos um dia definido para a apresentação”.

A equipa define a plataforma como “mais uma opção que surge no mercado”. “A pesquisa do criativo é mais uma opção. Nós não queremos combater contra outros modelos”, garante. Apesar de assumir que existe concorrência, Henrique argumenta que a forma da Creatives trabalhar pretende ser diferente. “Nós estamos a trabalhar num campo que até agora não foi abordado: Trabalhar inspirações, referências, ideias e não portefólios ou experiência profissional”.

Texto editado por Luís Octávio Costa 

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