Universitários criam tecnologia para a criação de “mega tablets”

Skin Ultra é o nome da tecnologia, desenvolvida por uma equipa de alunos da Universidade do Minho, que permite a criação de "mega tablets"

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Skin Ultra

Uma empresa de Braga lança na sexta-feira, 17 de Outubro, uma tecnologia que vai tornar possível a existência de "touch" em grandes superfícies e que já despertou o interesse das grandes construtoras mundiais de televisões.

Em comunicado, com sede em Braga e criada a partir de uma equipa de alunos da Universidade do Minho, explica que tecnologia em questão, designada Skin Ultra, permite uma performance idêntica à dos dispositivos móveis, pelo que, no fundo, possibilita a criação de "mega tablets".

Trata-se de uma tecnologia em película para ser colada por trás do vidro da televisão, para que esta passe a ser "touch". "A grande diferença deste produto em relação à tecnologia 'touchscreen' que já existia em grandes ecrãs está na resolução três ezes superior, no tipo de material condutor, na arquitectura electrónica e na componente de 'software', ou seja, nos algoritmos que estão por trás de todo o processo", acrescenta o comunicado.

Segundo o documento, o Skin Ultra permite que se conjuguem 100 toques em simultâneo, a uma velocidade de cinco ilissegundos. Vai estar disponível em cinco tamanhos diferentes — 40, 42, 47, 50 e 55 polegadas.

O lançamento mundial vai acontecer na sexta-feira, em Braga, num evento em que deverão marcar presença as grandes construtoras asiáticas de televisão, como a Samsung, a LG, a NEC ou a Panasonic. A partir de 5 de Janeiro de 2015, o Skin Ultra vai estar em demonstração na Consumer Electronics Shows (CES) Las Vegas, considerada a maior feira de tecnologia do mundo.

"O produto que estamos a desenvolver é uma espécie de híbrido. À televisão fomos buscar o tamanho e ao tablet o conceito 'touch'", explicou Miguel Fonseca, CEO da EDIGMA, citado no comunicado da empresa. Com o "Skin Ultra", qualquer superfície, independentemente da dimensão, pode ser interactiva, sendo que os primeiros modelos do produto vão ser aplicados em televisões, fruto do interesse das grandes construtoras mundiais em integrar aquela tecnologia nos seus LCD.

A empresa afirma estar a preparar-se para uma capacidade produtiva anual de centenas de milhares de unidades. Com aquela tecnologia, espera quadruplicar, já em 2015, o volume de negócios actual. Até 2020, a empresa estima que a facturação ultrapasse os 100 milhões de euros.

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