Cinco perguntas a João Uva

Os "azuis" têm um novo projecto a médio e longo com o ex-internacional português ao comando, mas o plantel da equipa do Restelo sofreu muitas baixas

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João Peleteiro

Na semana que antecede a primeira jornada da Divisão de Honra da época 2014-15, o P3 Râguebi colocou cinco questões aos 10 treinadores dos clubes que vão competir no principal escalão do râguebi português.

Como decorreu a preparação do Belenenses para o início da época 2014-15?

Foi uma preparação complicada que ainda vai continuar. Este é um projecto a médio e longo prazo e ainda temos muitas coisas para implementar. Apesar de já estar quase a começar a competição, sentimos que ainda não estamos onde desejamos estar. Com o decorrer da época iremos melhorar em vários capítulos, que ainda não demos a devida atenção. O tempo vai fazer-nos evoluir de forma positiva.

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Registaram-se muitas alterações no plantel em comparação com o da temporada passada?

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Tivemos muitas saídas e muito poucas entradas. O cinco da frente saiu praticamente todo. Os que entraram são ‘prata da casa’, são jovens jogadores cheios de vontade e de talento mas que ainda não têm muitas experiencia.

Quais serão os objectivos do Belenenses e quem serão os principais adversários?

Os objectivos do Belém são sempre jogar todos os jogos para vencer e tentar jogar bom râguebi, dinâmico, de ataque. Queremos implementar um plano de jogo sólido e como consequência desse râguebi dinâmico, de ataque e de equipa esperamos que surjam resultados. O objectivo inicial é chegar ao play-off e a partir daí veremos como estamos. O Direito e o CDUL são equipas mais calejadas, o Cascais está com muitos reforços e sobre as outras equipas não me posso pronunciar, mas serão todas encaradas com o máximo respeito.

Apesar de na próxima época a Divisão de Honra contar com os mesmos 10 clubes de 2013-14, metade das equipas terá um treinador novo. Pensa que isso terá impacto na prova?

Gostava que tivesse. Está a entrar uma geração de novos treinadores e gostava que o campeonato ficasse melhor. O râguebi precisa de ser um espectáculo competitivo e agradável para o público, para depois ter mais visibilidade e gerar mais receitas. Enquanto homem do râguebi preocupa-me o estado râguebistico da nação. Temos de fazer todos parte de uma mudança de atitude.

Concorda com o actual formato do campeonato, com 10 equipas e play-off para apuramento do campeão?

Todos os debates têm vários prismas. Eu gosto de aprender com os melhores e tento entender o que fazem. O râguebi neozelandês funciona assim há muito tempo. Tem a vantagem de trazer público para as fases finais, tem a desvantagem de às vezes trazer alguma injustiça. Acredito que é o modelo ideal, mas longe de perfeito. É o possível com o râguebi que temos.

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